segunda-feira, 15 de julho de 2019






Tucanos e petistas com medo de Tabata Amaral


Apesar de Tabata Amaral (PDT) afirmar que não será candidata à Prefeitura de São Paulo, tucanos e petistas estão tremendo de medo dela, ainda mais após o mais recente movimento (e de grande visibilidade) da deputada: votar pela reforma da Previdência mesmo estando na esquerda. No PSDB, a leitura é de que Tabata caminha para ocupar o despovoado centro político, tão almejado por Bruno Covas. No PT, acham que ela pode ser uma opção para a juventude que não se contenta com o “Lula livre” e outras ideias que cheiram à naftalina.

Sem Fla-Flu. O grande ativo de Tabata, segundo marqueteiros e políticos ouvidos pela Coluna, é escapar da polarização radical que tomou conta do País, ainda mais após ter votado pela responsabilidade para com as contas públicas contra a orientação do PDT.

Com Fla-Flu. O cálculo eleitoral em SP é simples: no melhor cenário para tucanos e petistas, PSDB e PT sonham estar no segundo turno da eleição do ano que vem e contar com a polarização total da disputa.

Pelo meio. No caso do PSDB, uma vez no segundo turno contra o PT ou um candidato de direita apoiado por Jair Bolsonaro, o tucano Bruno Covas aposta em vencer ajudado pela alta rejeição desses extremos.

Extremos. No PT, a ideia é ir ao segundo turno contra um candidato de Bolsonaro e contar com apoio do PSDB e da centro-esquerda.

Nome novo. Uma eventual candidatura de Tabata ou de alguém com perfil similar embola esse meio-campo porque quebra a polarização. A deputada não quis conversar com a Coluna sobre o assunto.

Valor. Com apenas 25 anos, Tabata Amaral é um ativo eleitoral poderoso para atrair os jovens e o voto feminino, ouro em pó para qualquer partido que não queira ficar no passado.

Rebelde. Para um marqueteiro, ao desrespeitar a decisão do PDT e votar pela reforma, Tabata reforçou seu poder entre a juventude contemporânea, que não aceita dogmas políticos.

PS: Por tudo isso, Tabata Amaral é a vice dos sonhos dourados do PT e do PSDB.

Fonte: Coluna do Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário