Por Previdência,
auxiliares de Bolsonaro
querem suspensão do recesso parlamentar
Comissão da Reforma da Previdência - Foto;Congresso/Reprodução |
Integrantes da equipe
econômica do governo querem convencer a cúpula do Congresso a suspender o
recesso parlamentar, marcado para começar a partir do próximo dia 18 de julho.
Na avaliação de auxiliares
do presidente Jair Bolsonaro,
ouvidos pelo blog, se a reforma
da Previdência passar na comissão especial e no plenário da Câmara dos
Deputados antes do recesso, o Senado já poderia começar a trabalhar no projeto
durante o período que é destinado às férias parlamentares, que duram até o dia
31 de julho.
Está marcada para a manhã
desta quinta-feira (4) a votação
da proposta em comissão especial da Câmara. Vencida essa etapa, a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência segue para
votação no plenário da Câmara.
Segundo o blog apurou,
auxiliares do presidente Bolsonaro querem convencer o presidente do
Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP), a "abraçar" a proposta.
O Congresso só entra em
recesso depois da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Se os
deputados não conseguirem votar a previdência no plenário antes do dia 18, uma
ideia em discussão pelos governistas é propor adiar a votação da LDO, e o
recesso não começaria. Assim, os deputados teriam prazo para votar a PEC da
reforma da Previdência.
Ao blog, integrantes da
cúpula do Congresso avaliam como difícil a suspensão do recesso nas duas Casas,
uma vez que, se a LDO for votada, pelo regimento, o cancelamento das férias
precisa ser aprovado pela maioria absoluta dos integrantes das duas Casas, ou
seja, por pelo menos 257 deputados e 42 senadores.
Força-tarefa jurídica
Em outra frente, o governo
montou uma força-tarefa no Judiciário para acompanhar a tramitação da reforma
da Previdência. A Advocacia-Geral da União União (AGU) destacou uma equipe para
atuar nas "demandas judiciais" sobre a proposta, para monitorar o
ingresso de ações judiciais que possam atrapalhar a Previdência no Congresso.
A informação é do ministro
André Mendonça, chefe da AGU.
Perguntado se o governo estava preparado para
uma eventual batalha de recursos jurídicos contra a Previdência, o ministro
respondeu:
"Nós, há um mês, dois
meses atrás, fizemos uma força tarefa nos preparando para isso, mas eu tenho
uma boa expectativa, ao mesmo tempo realista, qual é a boa expectativa? A gente
está assistindo a um debate mais programático da Previdência, diferente de
outros debates, onde haviam debates mais ideológicos, hoje se reconhece a
necessidade, isso é unânime, de se fazer uma reforma, a divergência mais é na
dosagem."
Ele acredita que, no
debate posterior à aprovação, "vai haver um questionamento ou outro",
mas que haverá "um grau de maturidade muito maior".
"Isso me traz uma
expectativa de que o processo será mais tranquilo do que a gente imagina",
disse Mendonça.
Blog da Andréa Sadi
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