Bolsonaro indicará
evangélico
para Supremo Tribunal Federal
O presidente Jair
Bolsonaro afirmou que indicará um ministro evangélico para o Supremo Tribunal
Federal (STF), pois, para ele, a busca pelo “resgate dos valores familiares”
deve estar presente em todos os poderes do país. “Entre as duas vagas que terei
para indicar para o Supremo um deles será terrivelmente
evangélico”, disse, durante sua participação em um culto da
bancada evangélica na Câmara dos Deputados, na manhã de hoje (10).
No mês passado, ao
criticar a decisão do STF de criminalizar a homofobia como forma de racismo, Bolsonaro já havia sugerido a indicação de um
evangélico para a Corte. Até 2022, o presidente da República poderá indicar
nomes para pelo menos duas vagas, que serão aberta com a aposentadoria
compulsória dos ministros Marco Aurélio e Celso de Mello.
Hoje, Bolsonaro elogiou a
atuação dos parlamentares evangélicos nos últimos anos. “Vocês
sabem o quanto a família sofreu nos últimos governos. Vocês
foram decisivos na busca da inflexão do resgate dos valores
familiares”, disse. “Quantos tentam nos deixar de lado
dizendo que o Estado é laico. O Estado é laico mas nós
somos cristãos. Ou para plagiar a minha querida Damares, nós somos
terrivelmente cristãos”, disse, em referência à declaração da ministra da
Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.
Previdência
No dia em que acontece a
primeira sessão de votação do texto-base da reforma da Previdência, o
presidente chegou à Câmara pouco antes das 8h30 e estava acompanhado de
vários ministros. Ao deixar o culto, Bolsonaro disse que a expectativa para a
votação é de vitória e aprovação da matéria antes do recesso parlamentar. Ele
seguiu para o plenário da Casa, onde, em um breve discurso, fez um apelo aos
deputados.
“O povo conta com
deputados e senadores para que nosso Brasil realmente deixei de ser apenas no
discurso um país do futuro, mas na prática. Temos exemplos de outros países
onde homens e mulheres, ao assumirem o comando, tomaram decisões corajosas.
Vocês hoje se encontram em uma situação muito semelhante. O
entendimento de todos nós, parlamentares e Executivo e, em parte do judiciário,
dirá se queremos ser uma grande nação ou não”, disse Bolsonaro.
Os deputados encerraram a
fase de discussão da nova Previdência na madrugada desta quarta-feira. Com
a conclusão dessa etapa, a votação do texto-base da proposta, em primeiro
turno, está prevista para começar em sessão marcada para as 10h30. Para ser
aprovada, a matéria necessita de 308 votos, equivalentes a três quintos dos 513
deputados, nos dois turnos de votação. Mais de 308 deputados já afirmaram que
votarão pela aprovação do texto.
Caso seja aprovada em
primeiro turno, a previsão é que haja votação para quebra de interstício.
Segundo o regimento da Casa, entre o primeiro e o segundo turno de votação é
necessário um intervalo de cinco sessões do plenário. Se validado pelos
deputados, o texto segue para análise do Senado, onde também deve ser apreciado
em dois turnos e depende da aprovação de, pelo menos, 49 senadores.
Agência Brasil
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