Prefeitos do Paraná querem
eliminar
a próxima eleição municipal
O presidente Bolsonaro foi
à divisa entre Mato Grosso e Goiás, no município de Aragarças. Ele desceu do
carro, foi carregado nos braços do povo – estava no meio do povo. Parecia Juiz
de Fora (MG).
Eu imagino que a segurança
deve ter tomado alguma providência especial para que não se repita nenhum
daqueles fatos. Bolsonaro não consegue se conter. Aquela proximidade do povo o
atrai.
À noite o presidente foi
ao jogo da seleção e hoje (6) de manhã está indo para Buenos Aires para um
encontro com o presidente Mauricio Macri.
Já o presidente do Banco
Central, Roberto Campos Neto, está no Japão. Ele começa os encontros para
preparar a reunião do Grupo dos 20. O presidente do Brasil vai ao Japão no
dia 25 de junho – dia que começa a reunião.
MPs
Lá na Câmara houve uma
decisão importante sobre tramitação de Medida Provisória. Não alterou o prazo
de 120 dias, mas ela perde a validade se não for aprovada na Câmara e o Senado.
O Senado tem reclamado que
a MP tem chegado no fim do prazo, lá pelo dia 115 após a divulgação da MP.
Agora se estabeleceram prazos para que as diversas etapas nas duas casas sejam
obrigatoriamente cumpridas.
Prefeitos do Paraná
Eu encontrei no aeroporto
de Brasília um grupo de prefeitos do Paraná que estão se mobilizando para
eliminar a próxima eleição municipal. Claro que vão ter que prorrogar os
mandatos para mais dois anos. Ao invés de ficar quatro anos, vão ficar seis.
Eles querem fazer todas as
eleições juntas: as municipais de prefeito e vereador, e as estaduais e
federais que elegem presidente, governadores, senadores e deputados.
Esses prefeitos alegam que
cada eleição custa R$ 4 bilhões. Em quatro anos, o estado brasileiro gastaria
R$ 8 bilhões. Com tudo junto talvez gastassem R$ 5 bilhões. Assim, haveria
economia.
Esse é o argumento que
eles usam. Isso já foi feito, já houve prorrogação de mandato anos atrás,
depois separaram os pleitos. Então, a cada período de composição de Congresso
Nacional se tem uma visão diferente sobre se fazer eleições.
Eu acho mesmo que uma
eleição a cada dois anos, de certa forma, paralisa um pouco a vida do país.
Fazer todas a cada quatro anos talvez seja melhor. Talvez. Mas argumentos
contrários mostrando sobre a renovação e para não ficar em todos os níveis da
Federação a mesma decisão, a mesma maioria. É de se pensar.
Sobre os homicídios no
Brasil
É uma coisa louca. Em
2017, foram 65,6 mil homicídios. Coloquei na calculadora: é uma média de 180
homicídios por dia em média. E eu estou falando dos homicídios dolosos, não dos
culposos do trânsito.
A maior parte é de jovens
de até 24 anos, são 35 mil. São eles que estão com armas, que bebem, que usam
drogas, que se zangam logo, que tem crises de ciúmes e que brigam em bares. É
uma pena porque é uma nova geração que está sendo dizimada.
A gente tem 31 homicídios
dolosos por 100 mil habitantes. Essa é uma taxa altíssima no planeta Terra.
A propósito...
Vocês devem ter recebido
as imagens de uma escola estadual, em Carapicuíba. As imagens que a gente vê
parece de rebelião de presídio, no entanto, é uma bagunça dentro de uma sala de
aula. A professora é ameaçada com gritos, alunos jogando livros em cima da
professora e quebrando as classes.
Na quarta-feira (5) a
Justiça mandou recolher três desses alunos. O Ministério Público está pedindo
para recolher dez. Vão para uma instituição de reabilitação. Eu não sei se é
possível recuperar porque eu tenho visto – comparando com a minha geração – que
quando eu era menino jamais isso poderia acontecer.
Porque a gente tinha
disciplina em casa, portanto, tinha disciplina na escola. E vice-versa. A gente
respeitava autoridade de pai e mãe, e na escola a gente respeitava a autoridade
dos professores. Eram outros tempos. Agora é uma bagunça geral e uma pregação
de lascividade: “Deixa fazer, isso não importa”. Como assim não importa? Está
aí o resultado.
Alexandre Garcia
Gazeta do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário