Lula, Palocci e Paulo
Bernardo viram réus
acusados de receber propina da Odebrecht
O juiz Vallisney de
Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, aceitou denúncia
apresentada pelo Ministério Público e tornou réus o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
os ex-ministros Antônio
Palocci e Paulo
Bernardo e o empresário Marcelo
Odebrecht.
Lula, Palocci e Paulo
Bernardo são suspeitos de terem recebido propina da construtora Odebrecht em
troca de favores políticos. Segundo a acusação, a empreiteira prometeu a Lula,
em 2010, R$ 64 milhões para ser favorecida em decisões do governo. De acordo com
o Ministério Público Federal, o dinheiro teria sido colocado à disposição do
PT.
A denúncia afirma que uma
das contrapartidas solicitadas pela Odebrecht seria interferência política para
elevar para R$ 1 bilhão um empréstimo concedido a Angola pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Após a concessão do
empréstimo, a construtora brasileira, que havia sido contratada pelo país
africano, captou parte dos valores obtidos junto ao BNDES. A liberação do
financiamento foi assinada por Paulo Bernardo, que, à época, era ministro do
Planejamento.
Juiz Vallisney de Oliveira |
No
despacho assinado nesta quarta (5), o juiz destacou que "a peça acusatória
está jurídica e formalmente apta e descritiva" e, inclusive, contém
vídeos, mensagens de e-mails, planilhas, relatórios policiais e outros
documentos.
Núcleo político: De
acordo com a denúncia, Lula, Palocci e Paulo Bernardo teriam praticado, em
2010, o crime de corrupção passiva ao aceitarem propina de US$ 40 milhões
(correspondente a R$ 64 milhões) para aumentarem a linha de crédito para
financiamento de exportação de bens e serviços entre Brasil e Angola em
benefício da Odebrecht. O governo Lula, segundo os procuradores da República,
teria autorizado a concessão de empréstimo de US$ 1 bilhão ao país africano.
Núcleo empresarial: Conforme
a acusação, o empresário Marcelo Odebrecht teria praticado, em 2010, o crime de
corrupção ativa ao prometer e pagar os US$ 40 milhões ao núcleo político em
troca do aumento do crédito oferecido pelo BNDES a Angola.
Fonte: Portal G1
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