Estamos em greve geral?
Já explico a pergunta.
Hoje pela manhã, depois de
deixar a Gabriela na faculdade onde todos os alunos estavam presentes para aulas
normais, fiquei sabendo, pelo rádio do carro, que todas as universidades e
escolas particulares estavam funcionando normalmente. Só estavam em greve as
públicas. Elas têm professores concursados e que não são molestados caso façam
greve. Podem dormir até m ais tarde ou, quem sabe, fazer um feriadão, já que
hoje é sexta-feira e o tempo está ajudando.
No caminho para o Centro
Histórico onde trabalho, nenhuma parada com acumulo de pessoas. Os ônibus e
lotações, particulares, trafegavam normalmente. Fiquei sabendo que alguns
tiveram problemas na saída das garagens, o que atrasou um pouco o começo das
viagens. Mas a polícia resolveu logo.
Comércio, bares e
lanchonetes, que por sinal estavam com bastante movimento, tudo funcionando
normalmente. Movimento de carros um pouco maior, é que os que querem trabalhar,
que não tem tempo a perder com movimentos sem noção, tiraram os veículos das
garagens pensando, provavelmente, que o movimento fosse sério.
No rádio, o repórter informava
que os pequenos grupos que ocupavam estradas e frente de fábricas, haviam
deixado os locais por interferência da Brigada Militar.
Na BR 290 um grupo de
famílias do MST, ou seja, os que não trabalham, que não contribuem com a
previdência, mas são contra a reforma, impedia o trânsito. Certamente devem ter
pensado: já que não fizemos nada mesmo, vamos pra rua infernizar a vida dos que
querem trabalhar.
Cheguei aqui, porta
aberta, funcionários chegando para trabalhar, liguei o computador e li que as
paralisações (?) acontecem em 12 estados e no Distrito Federal. Daí, concluí
que lá, como aqui, a greve deve ser somente de desempregados, sindicalistas,
líderes sindicais, CUT, MST, bancários, professores públicos, ou seja, os de
sempre.
Evidente que entidades
devidamente aparelhadas durante pelo menos 16 anos, vão afirmar que a greve foi
um sucesso, que o Brasil parou e que o caos foi instalado. E as palavras,
faixas e frases serão as de sempre.
Na realidade, o caos nunca
deixou de existir, mas na cabeça e nos propósitos deles. Aumentou agora, é
claro, pois muitos perderam as boquinhas, não podem mais roubar, estão fora do
poder e precisam arranjar alguma desculpa para ser contra. Não importa o que
seja, são contra simplesmente pelo fato de não estar sob o comando de enganadores,
ladrões, mentirosos e corruptos, muitos deles presos.
Como tenho mais coisa para
fazer, como não vejo qualquer tipo de movimentação que faça parar a vida normal
dos gaúchos, sou obrigado a repetir a pergunta do título: Estamos em greve
geral?
Tenham, todos, um Bom Dia!
Machado
Filho
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