O jabuti das investigações
sobre corruptos
lavadores de dinheiro
Na quinta-feira (23) os
deputados não conseguiram aprovar um jabuti que puseram naquela MP que reduziu
o número de ministérios para 22. Qual era o jabuti que alguns espertos puseram
lá? É o que limita o poder dos auditores fiscais a questões tributárias. Ou
seja, se eles estiverem investigando um corrupto, lavador de dinheiro e
encontrar outros crimes, não se pode fazer nada, tem que fingir que não viu.
Isso não passou.
Não passou - na
quarta-feira (22) - também, nessa MP, a recriação do Ministério do Trabalho, do
Ministério das Cidades e do Ministério da Cultura. Estavam querendo ampliar o
governo de novo. Aliás, não voltou a ter 29 ministérios, manteve os 22. Agora
foi para o Senado
O COAF está voltando para
o lugar onde estava: o Ministério da Economia, isso pela Câmara. Já estão se
mobilizando no Senado, e vai ser uma correria porque essa MP vence dia 3 de
junho para tentar retornar o COAF para o Ministério da Justiça, de Sergio Moro.
Nesta quinta-feira (23) o
presidente Bolsonaro - no café com jornalistas - foi perguntado a respeito
disso e ele deu uma resposta óbvia: “Se estiver com o Sérgio Moro ou se estiver
com Paulo Guedes é o mesmo governo”.
Parece que os deputados
têm medo de Sérgio Moro. São 228 deputados com medo de Moro, esses são os que
acham melhor controlar o dinheiro que vai de um lado para o outro lá pelo
Ministério da Economia.
Isso equivale a pensar que
o ministro da Economia, Paulo Guedes, é leniente em relação ao dinheiro que vai
transitando por aí. Ao contrário, ele tem interesse em arrecadar. O dinheiro
tem que estar limpo e pagar imposto.
Eu não sei o porquê
fizeram tanto barulho em relação a essa história do COAF. Enfim, vai para o
Senado e eles podem modificar isso. E o presidente ainda pode estudar uma
maneira de vetar alguma coisa. Mas não vai fazer nenhuma diferença.
Ainda nesse café da manhã do presidente com os
jornalistas
Eles perguntaram sobre a
MP do Temer que abriu o espaço aéreo doméstico brasileiro para as empresas
estrangeiras.
Ao mesmo tempo, os
jornalistas aproveitaram para botar o jabuti dizendo que ninguém paga bagagem
de até 23 quilos, e perguntaram se o presidente ia vetar a tarifa especial, ele
disse “se depender do meu coração não, eu vou deixar que a bagagem fique
isenta, mas vou decidir no 48° minuto do segundo tempo”.
Ele disse isso porque quer
conversar com o Ministério da Economia que recebeu apelo das empresas aéreas de
baixo custo dizendo que precisam, sim, dessa cobrança de bagagem para a
passagem não subir.
Agora, o que vai ajudar
não subir é a concorrência que vem da Europa. A Air Europe, por exemplo, está
entrando no país e já tem até voos de Salvador e cidades nordestinas para a
Europa. Assim vai ter mais concorrência.
A grande notícia do dia
Os Estados Unidos mudaram
de opinião, conforme promessa de Trump a Bolsonaro, e vão apoiar a entrada no
Brasil na OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico ou
Econômico. São só 36 países, os mais importantes do mundo, e o Brasil entra
nesse clube de países importantes, e deixa um pouquinho de lado o clube dos
emergentes. Esse apoio americano é muito importante para o Brasil, pois é
difícil entrar nesse clube.
Isso significa atração de
investidores. Por exemplo, a Fiat-Chrysler anunciou que vai investir R$ 16
bilhões: é muito dinheiro. É mais ou menos isso que a entrada do Brasil na OCDE
estimula: uma relação comercial mais importante. Ótimas notícias.
Alexandre Garcia
Gazeta do Povo
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