segunda-feira, 13 de maio de 2019





Delação de dono da gol
envolve Temer, Cunha e Alves


O juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, homologou a delação premiada do empresário Henrique Constantino, um dos donos da empresa aérea Gol, em um desdobramento da Operação Lava Jato.

Constantino admitiu participação em crimes em troca da liberação de recursos da Caixa Econômica Federal após virar réu na Operação Cui Bono, desencadeada a partir das delações premiadas do ex-dirigente da Caixa Fábio Cleto e do doleiro Lúcio Funaro. A colaboração premiada foi assinada em fevereiro e validada pelo juiz em abril.

Entre os nomes citados na delação pelo empresário estão os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, além do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do ex-presidente Michel Temer.

Todos os quatro são réus em desdobramentos da Lava Jato – Temer, inclusive, é apontado como líder de organização criminosa formada pelos políticos do MDB.

A delação premiada de Henrique Constantino foi assinada três meses depois de o empresário virar réu na Operação Cui Bono. Ao todo, 18 pessoas passaram a responder pelas fraudes na Caixa.

Segundo a ação penal aberta a partir de denúncia do Ministério Público em outubro, Constantino pagou R$ 7,077 milhões a Geddel, Cleto, Cunha e Funaro a fim de obter para o grupo BRVias R$ 300 milhões, por meio de aquisição de debêntures pelo FI-FGTS.

Além disso, diz a ação, também obteve liberação de uma cédula de crédito bancário de R$ 50 milhões para a Oeste Sul 

Empreendimentos Imobiliários. Henrique Constantino responde, no caso, pelo crime de corrupção ativa, acusado de corromper agentes públicos,

O empresário teria apresentado "provas documentais como e-mails e trocas de mensagens" a fim de comprovar as acusações.

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