Delação de dono da gol
envolve Temer, Cunha e Alves
O juiz Vallisney de
Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, homologou a delação premiada do
empresário Henrique Constantino, um dos donos da empresa aérea Gol, em um
desdobramento da Operação Lava Jato.
Constantino admitiu
participação em crimes em troca da liberação
de recursos da Caixa Econômica Federal após virar réu na Operação Cui
Bono, desencadeada a partir das delações premiadas do ex-dirigente da Caixa
Fábio Cleto e do doleiro Lúcio Funaro. A colaboração premiada foi assinada em
fevereiro e validada pelo juiz em abril.
Entre os nomes citados na
delação pelo empresário estão os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e
Henrique Eduardo Alves, além do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do
ex-presidente Michel Temer.
Todos os quatro são réus
em desdobramentos da Lava Jato – Temer, inclusive, é apontado como líder de
organização criminosa formada pelos políticos do MDB.
A delação premiada de
Henrique Constantino foi assinada três meses depois de o empresário virar réu
na Operação Cui Bono. Ao todo, 18
pessoas passaram a responder pelas fraudes na Caixa.
Segundo a ação penal
aberta a partir de denúncia do Ministério Público em outubro, Constantino pagou
R$ 7,077 milhões a Geddel, Cleto, Cunha e Funaro a fim de obter para o grupo
BRVias R$ 300 milhões, por meio de aquisição de debêntures pelo FI-FGTS.
Além disso, diz a ação,
também obteve liberação de uma cédula de crédito bancário de R$ 50 milhões para
a Oeste Sul
Empreendimentos Imobiliários. Henrique Constantino responde, no
caso, pelo crime de corrupção ativa, acusado de corromper agentes públicos,
O empresário teria
apresentado "provas documentais como e-mails e trocas de mensagens" a
fim de comprovar as acusações.
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