Defesa Civil monitora
movimento de
talude em mina de Barão de Cocais
Google Maps/Reprodução |
A Defesa Civil continua
monitorando a movimentação do talude norte da mina de Gongo Soco, da mineradora
Vale, em Barão de Cocais (MG), a 100 quilômetros de Belo Horizonte. A previsão
da Agência Nacional de Mineração (ANM) era de que o rompimento ocorreria até
ontem, sábado, dia 25.
De acordo com Juvenal
Caldeira, secretário municipal do Desenvolvimento Econômico da cidade e membro
efetivo da Defesa Civil municipal, o risco de rompimento do talude, que
funciona como uma parede de contenção, segue no nível 3, o mais alto.
“O receio de toda a cidade
é que o talude venha descer”. Segundo ele, o temor é que isso “cause vibração e
afete a montanha”, o que pode impactar a barragem Sul Superior, 1,5 quilômetro
abaixo da contenção. A movimentação do talude chegou a 20 centímetros em alguns
pontos, um centímetro acima do observado anteriormente.
Caldeira assinala que 400
pessoas que vivem nas comunidades de Socorro, Tabuleiro, Piteira e Vila do
Congo, que eventualmente podem ser afetadas, já foram retiradas. A população da
Barão de Cocais participou de dois simulados para emergência. Os 16
postos de saúde da cidade estão equipados com geradores de energia, em caso de
suspensão do fornecimento de luz, e há sete caminhões pipa com água potável à
disposição da população.
Abaixo da barragem Sul
Superior, a cerca de um quilômetro, estão sendo montados blocos de granito
dentro de telas. Além disso, teve início o trabalho de terraplanagem para
erguer um novo muro de contenção de 35 metros de altura, 400 metros de extensão
na parte superior, com 10 metros de espessura e aterrado cinco metros abaixo do
nível do solo. A construção deverá levar até um ano. Esse novo muro é um ponto
anterior às comunidades cujos moradores foram removidos.
Agência Brasil
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