Será que o STF vai usar
dinheiro
do meu IR para pagar camarão, lagosta e bacalhau?
A deputada Carla Zambelli
(PSL-SP) – aquela que promovia manifestações com balões de políticos e está
sendo processada pelo ministro Ricardo Lewandowski – está entrando nesta
segunda-feira com uma ação popular contra o Supremo.
Essa ação é para o Supremo
explicar o porquê está comprando camarão ao vapor, medalhões de lagosta com
manteiga queimada, bacalhau à Gomes e Sá e os melhores vinhos. Tudo isso vai
custar R$ 1,34 milhão.
Por coincidência, esse é o
dinheiro que o imposto de renda me tirou no governo Lula. O ex-secretário da
Receita Everardo Maciel me contou que seria uma encomenda para calar a boca. E
eu disse: “Não faz mal. Eu vou pagar, mas não vou calar a boca”.
Estavam me cobrando de
novo o que eu já tinha pago na minha empresa dizendo que eu devia ter pago na
pessoa física. Enfim, já está pago. Só que eu não esqueço, é muito dinheiro.
E por coincidência é o mesmo valor dos medalhões de lagosta do Supremo. Será não vão usar o meu dinheiro que entrou lá atrás para tudo isso? Teoricamente é possível.
Reunião de presidentes
O presidente da República
e o presidente da Câmara, ou seja, o presidente de dois poderes tiveram
encontros sábado e domingo para falar sobre a reforma da Previdência e a agenda
a da Câmara nos projetos como o Pacote Anticrime – anticrime de chinelo e
anticrime de colarinho branco, os assaltos, a ladroagem, os homicídios; e a
corrupção.
O fato é que temos que
tornar a lei mais séria. Com lei e sentença que vão ser cumpridas de fato, e
não o sujeito botar uma tornozeleira e ir para casa. Aí é brincadeira. As
pessoas fazem o balanço: “Será que vale a pena que roubar R$ 5 milhões e ficar
dois anos na cadeia? Ah, vale. Porque depois eu vou gastar meus R$ 5 milhões”.
Isso tem que acabar.
Tem que acabar também o
bandido tripudiando sobre a Polícia com arma na mão. Não dá. Inimigo de arma na
mão no front está querendo levar chumbo.
Finalmente vai acabar o
monopólio da Petrobras
Eu estive ao vivo por 23
minutos no Jornal Nacional na votação do Congresso em 1997, em que teoricamente
acabou esse monopólio. Mas já faz mais de 20 anos e na prática não acabou. Na
prática a Petrobras faz o preço do combustível, portanto, é um cartel.
Daí os problemas com os
caminhoneiros, o preço do gás manipulado em outros governos de populismo dando
prejuízo para a Petrobras.
Agora, sobretudo, a
Petrobras, que era para ser do povo, era de partidos políticos que estavam no
governo. Foi usada na corrupção e na propina para encher o bolso de políticos e
cofres de partidos políticos.
Agora a Petrobras anunciou
que vai vender 9 das 13 refinarias que possui por R$ 15 bilhões. Vai baixar a
economia de mercado sobre o setor de combustíveis: cada refinaria vai ter um
custo, vai ter o seu preço e as pessoas vão escolher onde vão abastecer.
Não será mais aquela coisa
de preço único na fonte. Já os impostos diferentes dependendo dos estados é
outra coisa que precisa ser unificada.
Um alerta e uma novidade
O mundo está mudando muito
rápido, em progressão geométrica – e a gente vai ainda em passo de tartaruga.
Empregos, por exemplo: temos 13 milhões de desempregados, mas temos um novo
tipo de atividade rentável.
Já são 3,8 milhões de
pessoas autônomas vinculadas à projetos moderníssimos como Uber e iFood. Os
dois juntos são os maiores empregadores do país. Eles empregam 35 vezes mais
gente que a maior folha de pagamento estatal, os Correios.
As pesquisas estão
mostrando que são 24 milhões de brasileiros autônomos, com algum tipo de
vínculo, mas não tem aquela história de carteira assinada, de recolher isso e
aquilo, e burocracia.
É uma novidade que a gente
precisa ficar atento: as novas profissões, as novas atividades e também as
novas formas de renda do indivíduo e da família. Fica esse registro da mudança.
Alexandre Garcia
Gazeta do Povo
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