Mourão cobra bom senso ao STF
O vice-presidente Hamilton Mourão cobrou, nesta
quinta-feira (18/4), bom senso do Judiciário, em tom crítico à decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF) em tirar reportagens da revista Crusoé do
ar. O general voltou a dizer que considera a decisão um ato de censura, mas
evitou polemizar além disso, limitando-se a dizer que compete à Justiça chegar
a um “final melhor disso aí tudo”.
A decisão do STF retirou da
internet matérias publicadas nos sites da Crusoé e
do O Antagonista que ligam o presidente da Suprema Corte, Dias
Toffoli, à Odebrecht. O ministro
seria o “amigo do amigo de meu pai” de Marcelo Odebrecht. A defesa
do empresário juntou em um dos processos contra ele na Justiça Federal em
Curitiba um documento em que esclarece que essa pessoa seria o ministro, como
relata reportagem publicada pela Crusoé.
A censura vem sendo criticada dentro e fora do STF. Não
foi diferente com Mourão. “Já declarei que considero que foi um ato de censura
isso aí. Óbvio que está no seio do Judiciário, decisão tomada dentro do STF.
Não quero tecer críticas ao Judiciário. Cada um sabe onde aperta o seu calo”,
declarou, antes de pedir uma “solução de bom senso”. “O bom senso não está
prevalecendo”, avaliou.
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