Maldito horário de verão,
ainda
bem que você acabou para sempre
Acabou-se o horário
de verão. Maldito horário de verão, pelo menos para mim. O horário de verão que
não significava uma economia de energia elétrica marcante, e por outro lado
significava um gasto muito pesado de energia humana.
Imagine isso para crianças
que iam para escola no escuro; para os trabalhadores que precisam começar cedo
no trabalho; para as pessoas que ficam com menos horas de sono e não conseguem
se recuperar; para as companhias aéreas que têm acertar o horário, porque o
nordeste e o norte não pegavam o horário.
Enfim, uma grande pedida
essa do decreto do presidente da República.
E o ex-presidente Collor?
Ele havia sido absolvido
no Supremo daqueles crimes que lhe imputaram a ponto de impedi-lo de continuar
governando. O Supremo não encontrou provas apenas notícias-crime.
No entanto, o Ministério
Público (MP) está pedindo 22 anos de prisão para ele por crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro, em propinas e falcatruas com a BR Distribuidora,
no tempo do governo Dilma, de 2010 a 2014. A defesa dele alega que não há
provas a respeito disso.
Corrupção dentro do Ibama
O Serviço Florestal
Brasileiro está sobre investigação da Polícia Federal, que ontem executou seis
mandados de prisão, inclusive de um sujeito que foi Superintendente do Ibama.
Também está se
investigando corrupção dentro do Ibama no tempo do governo do PT, que resultou
em derrubada de árvores e de comércio ilegal de madeira na Amazônia. Olha só. A
gente ficava falando de meio ambiente, e as pessoas ganhando dinheiro com isso,
pagando propina dentro dos órgãos governamentais.
Isso foi um dia depois de
uma grande operação coordenadas pelos Chefes de Polícia Civil de todos os
estados que puseram na cadeia quase 4 mil criminosos perigosos por roubo –
roubo é mais do que furto, é furto com violência -, homicídios e estupro. Esses
estavam soltos por aí.
Eu não estou falando dos
quase 500 mil mandados que não são executados porque não encontram as pessoas
ou não tem lugar na prisão. Enfim, agora estão arranjando lugar na prisão. E os
bandidos devem estar sentindo-se acuados porque, afinal, o crime está caindo no
Brasil. É a política anticrime.
Ontem uma perseguição –
que parece filme – de motociclistas, da Polícia Militar de São Paulo, pegou
também o sujeito que estava fugindo pelo trânsito paulista, em altíssima
velocidade.
Ou seja, a Polícia está
estimulada pelas autoridades políticas, governadores, presidente da República a
ir atrás dos bandidos e a aplicar a lei que já existe. Embora ela seja bem
favorável à bandidagem, porque foi feita por outros bandidos de colarinho e de
gravata que estavam imaginando o dia em que fossem flagrados naquilo que já
estavam praticando.
Café com jornalistas
O encontro de Bolsonaro
com jornalistas em torno de uma grande mesa já está virando rotina. Ele levou o
vice, general Hamilton Mourão – mais uma vez ao lado dele -, e falou segurando
o braço do Mourão:
“Olha, nós temos um
casamento, dormimos juntos e a grande questão entre nós é saber quem vai lavar
a louça”. E o Mourão já respondeu, mostrando que estava afinado: “Ou quem vai
cortar a grama”.
Depois falou no filho
Carlos Bolsonaro: “O Carlos é um pouco exaltado. Tenho conversado com ele,
mostro que muitas vezes não concordo com o que ele diz”.
Jair Bolsonaro está
botando ordem nisso que perturbou por muito tempo o interno do governo. Mourão
já tinha se dado conta – eu já falei nisso aqui -, ele que é disciplinado,
formado, em uma missão que oferece a própria vida em sacrifício, e já tinha
decido calar-se.
E que papel feio esse de
jornalista de leva e trás, quando diz: “O Carlos disse isso e isso do senhor, o
que o senhor tem a dizer?”. Parece coisa de lavadeira. E ele respondeu “Vira a
página”. Mourão já tinha mostrado isso na véspera.
E claro que o presidente
Bolsonaro – tendo o Mourão de um lado e do outro lado o coração, o filho –
conseguiu ser literalmente um algodão entre cristais, reconhecendo que o filho
é exaltado.
Ele já falou com o filho a
respeito, mas o filho deve estar magoado porque com uma nota o próprio
presidente afastou o Olavo de Carvalho, que era considerado pelos jornalistas
guru do presidente. Só que não era. Podia ser guru de um ou dois filhos.
Agora parece que se
estabeleceu a paz, para o horror dos que queriam que a briga continuasse e para
a tranquilidade dos que apoiam o presidente, na Câmara e no Senado e no próprio
mercado. O presidente agiu com maturidade.
Depois de passado um tempo
de sedimentar o governo, parece que está pegando o jeito e o rumo. Ele é o
capitão do navio, literalmente, e isso é bom porque estamos todos no mesmo
navio.
Alexandre Garcia
Gazeta do Povo
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