sexta-feira, 26 de abril de 2019






E por falar em ódio...

Está em alguns dicionários que “ódio (do latim odiu), também chamado de execração, raiva, rancor e ira, é um sentimento intenso de raiva e aversão.”

Durante a campanha presidencial, os que se autodenominam “esquerdistas” passaram o tempo todo afirmando que havia um ódio extremo contra o PT, que todos odiavam o Lula, que votariam em qualquer um que pudesse desbancar o PT do governo do Brasil. Corrupção, roubo, lavagem de dinheiro, desvio de verbas públicas, propina, seriam termos inventados pela direita para justificar a perseguição política ao homem da “alma mais honesta do Brasil”, coincidentemente o mesmo que, julgado em três instâncias, está preso em Curitiba.

Confesso que vi alguns comentários, não muitos, de pessoas afirmando que “PT nunca mais, corrupção jamais, adeus Lula e Dilma”, e alguns chamando Lula de ladrão e Haddad de “maldade”.

Sou obrigado a dizer que jamais vi nas expressões postadas, salvo raríssimas exceções, algum tipo do “ódio” criticado pelo pessoal da esquerda. Aliás, aproveitando, a maioria deles se apossou do direito de ser de esquerda e só admite trafegar por esse movimento, quem adora o Lula, quem é petista, quem detesta o Sérgio Moro, o Bolsonaro e outros. Ao mesmo tempo, veneram a Maria do Rosário, a Gleisi, o Paulo Pimenta, o Zé Dirceu e outros do mesmo naipe. Quem não aceita é chamado de coxinha, de direita, como se tais denominações fossem ofensivas.

Com a vitória de Bolsonaro, muito mais pela incapacidade de Haddad que se transformou em fantoche de Lula durante a campanha, aqueles que criticavam o ódio passaram a destilar sua bílis maldosa sobre quem apoia o presidente eleito pelo voto dos brasileiros, democraticamente.

Imbecil, ignorante, idiota, mal educado, sem neurônios, elite despreparada, governo miserável que pratica uma política rasteira, nazista, mercantilista, reacionária, burros, virulentos, resistência” são alguns dos termos que leio em postagens dos que condenavam o ódio. Tudo aquilo que repudiavam que afirmavam que era feito pelos outros, passou a fazer parte, ou sempre fez, do vocabulário daqueles que pregaram contra o ódio.

Quem não acredita, por favor, leia os comentários de antes e de agora daqueles que pregavam contra a “execração, raiva, rancor e ira” e comprovem se os “pacíficos” de antes não são os “furiosos” de hoje!

Para alguns, o que antes era ódio, hoje é contestação, inconformismo, reação. Simples assim!

Machado Filho

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