E por falar
em ódio...
Está em
alguns dicionários que “O ódio (do latim
odiu), também chamado de execração, raiva, rancor e ira, é um sentimento
intenso de raiva e aversão.”
Durante a campanha presidencial, os que
se autodenominam “esquerdistas” passaram o tempo todo afirmando que havia um
ódio extremo contra o PT, que todos odiavam o Lula, que votariam em qualquer um
que pudesse desbancar o PT do governo do Brasil. Corrupção, roubo, lavagem de
dinheiro, desvio de verbas públicas, propina, seriam termos inventados pela
direita para justificar a perseguição política ao homem da “alma mais honesta
do Brasil”, coincidentemente o mesmo que, julgado em três instâncias, está
preso em Curitiba.
Confesso que vi alguns comentários, não
muitos, de pessoas afirmando que “PT nunca mais, corrupção jamais, adeus Lula e
Dilma”, e alguns chamando Lula de ladrão e Haddad de “maldade”.
Sou obrigado a dizer que jamais vi nas
expressões postadas, salvo raríssimas exceções, algum tipo do “ódio” criticado
pelo pessoal da esquerda. Aliás, aproveitando, a maioria deles se apossou do
direito de ser de esquerda e só admite trafegar por esse movimento, quem adora
o Lula, quem é petista, quem detesta o Sérgio Moro, o Bolsonaro e outros. Ao
mesmo tempo, veneram a Maria do Rosário, a Gleisi, o Paulo Pimenta, o Zé Dirceu
e outros do mesmo naipe. Quem não aceita é chamado de coxinha, de direita, como
se tais denominações fossem ofensivas.
Com a vitória de Bolsonaro, muito mais
pela incapacidade de Haddad que se transformou em fantoche de Lula durante a
campanha, aqueles que criticavam o ódio passaram a destilar sua bílis maldosa
sobre quem apoia o presidente eleito pelo voto dos brasileiros,
democraticamente.
“Imbecil, ignorante, idiota, mal educado,
sem neurônios, elite despreparada, governo miserável que pratica uma política
rasteira, nazista, mercantilista, reacionária, burros, virulentos, resistência”
são alguns dos termos que leio em postagens dos que condenavam o ódio. Tudo
aquilo que repudiavam que afirmavam que era feito pelos outros, passou a fazer
parte, ou sempre fez, do vocabulário daqueles que pregaram contra o ódio.
Quem não acredita, por favor, leia os
comentários de antes e de agora daqueles que pregavam contra a “execração,
raiva, rancor e ira” e comprovem se os “pacíficos” de antes não são os “furiosos”
de hoje!
Para alguns, o que antes era ódio, hoje é
contestação, inconformismo, reação. Simples assim!
Machado Filho
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