O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava
Jato, aceitou nesta quinta-feira, 1, o convite do presidente
eleito Jair
Bolsonaro (PSL) para comandar o superministério
da Justiça. O magistrado vai divulgar uma nota detalhando os termos
da proposta que aceitou.
Moro deixou o
condomínio onde mora o presidente eleito, no Rio, às 10h45, após
cerca de 1h30 de reunião. Na saída, o magistrado chegou a deixar o carro onde
estava para falar com a imprensa, mas, diante do tumulto no local, não fez
nenhuma declaração.
O juiz chegou às 9h à
residência de Bolsonaro. O presidente
eleito convidou Moro para assumir um superministério da
Justiça, ampliado e com órgãos de combate à corrupção, que estão atualmente em
outras pastas, como a Polícia Federal e o Coaf, que estão envolvidas nessa
operação.
"Nota oficial: Fui
convidado pelo sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da
Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram
discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar
pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de
implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito
a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na
prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos
últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava
Jato seguira em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para
evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências.
Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes. Sergio
Fernando Moro”
Agência Estado
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