Senador Romero Jucá - Foto: Reprodução |
A Polícia Federal abriu nesta quinta-feira,
8, a Operação Armistício, que investiga o suposto recebimento de R$ 4 milhões
como vantagem indevida ao senador Romero Jucá(MDB-RR).
Os valores estariam ligados à edição, no ano de 2012, de uma Resolução do Senado que se destinava a restringir a guerra fiscal nos
portos brasileiros. Jucá não é alvo de medidas
judiciais nesta operação.
A PF cumpre 9 mandados de
busca e apreensão – 7 na capital de São Paulo, 1 em Santos e 1 em Campo Limpo
Paulista – contra doleiros e investigados por pagar vantagem indevida.
Em nota, a PF informou que
os pagamentos indevidos, na ordem de R$ 4 milhões, teriam sido feitos
pela Odebrecht que tinha
interesse na edição do ato. As medidas foram deferidas pelo ministro Edson
Fachin, no Inquérito 4382-STF.
Na delação, o executivo
Cláudio Melo Filho, ligado à Odebrecht, relatou ter recebido solicitação de
vantagem indevida após a aprovação da Resolução 72 do Senado Federal, porquanto
Jucá ‘teria diligenciado para atender aos interesses da empresa’. Outro delator
da Odebrecht, Carlos José Fadigas de Souza Filho apontou o interesse da Braskem
S/A na medida em trâmite no Senado Federal, que consistiria em limitar a
“Guerra dos Portos”, referência à disputa fiscal entre os Estados para o
aumento de desembarques em seus respectivos portos e a consequente redução de
preço de produtos importados.
Agência Estado
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