O empreiteiro César Mata
Pires Filho, alvo da 56ª fase da Operação Lava Jato, se entregou à Polícia
Federal na noite deste domingo, 25. O empresário teve a prisão temporária decretada na
última sexta-feira pela juíza federal Gabriela Hardt, mas estava em viagem nos
Estados Unidos durante a operação. Ele se apresentou
à sede da corporação em Curitiba conforme compromisso assumido pela sua defesa.
César Mata Pires Filho é
acusado de participar do esquema de pagamento de propina a ex-dirigentes da
Petrobrás e do Fundo Petros no âmbito da construção da Torre Pituba, sede da
estatal em Salvador, quando era vice-presidente da OAS. Parte
das vantagens indevidas também teriam sido destinadas ao Diretório Nacional do
PT, segundo o Ministério Público Federal.
A procuradoria afirma que
as empreiteiras OAS e Odebrecht distribuíram propinas de R$ 68 milhões durante
a construção da sede. Inicialmente orçado em R$ 320 milhões, o
empreendimento custou mais de R$ 1,32 bilhão.
A 56ª fase da Lava Jato,
“Sem Fundos”, contou com 68 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de
prisão preventiva e 14 mandados de prisão temporária,
divididos nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, do Rio de Janeiro e da Bahia,
contra crimes de corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta de fundo de
pensão, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Além de César Mata Pires
Filho, a Polícia Federal também mirou o ex-presidente do Fundo Petros, Wagner
Pinheiro, Marice Correa, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, e o
marqueteiro ligado ao PT Valdemir Garreta.
Agência Estado
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