Tele entrega
de drogas!
Hoje cedo as emissoras de
rádio estavam divulgando uma ação da Polícia Civil, que dava prosseguimento a
uma operação quase que permanente, ou seja, o combate ao tráfico de drogas. Os
policiais confirmaram aquilo que toda a sociedade já sabe faz muito tempo: o
consumo de drogas é quase que exclusividade de pessoas, principalmente jovens,
de classe média alta, frequentadores de shoppings e estudantes universitários.
Os policiais confirmaram
que o esquema todo é comandando de uma cela do presídio central onde um
criminoso, dia e noite, orienta a distribuição das drogas que é feita por
motoqueiros disfarçados de funcionários de um aplicativo que entrega refeições.
Ao ler os jornais via
internet, constatei que ao lado de shoppings, em estacionamentos de
supermercados, ao lado de residências e até em universidades, a entrega das
drogas é feita abertamente pelos motoqueiros disfarçados de entregadores
normais. O cliente, na grande maioria das vezes, é alguém com bom poder
aquisitivo e que não tem nenhuma preocupação em ser flagrado recebendo a ‘encomenda’!
O que mais preocupa, num
caso assim, é a maneira como tudo ocorre enquanto parte da sociedade, hipocritamente,
silencia. Muitos por temerem represálias, outros por envolvimento familiar ou
de amigos. Muitos passam a mão na cabeça de parentes sabidamente usuários que
nada mais são do que alimentadores de traficantes. Para os que se desculpam e
seguem usando drogas sob o argumento de que são dependentes, existem os parente
e amigos que jamais se preocupam em buscar uma solução para o problema. É mais
fácil, quem sabe, conviver com ele.
Outro fato extremamente
preocupante é saber que um presidiário é quem comanda, diretamente de uma cela do
presídio, todo o esquema de distribuição. Quem conhece minimamente como as
coisas funcionam, sabe perfeitamente que um presidiário só age assim se for
acobertado por pessoas que devem impedir atitudes iguais. Um preso não pode ter
telefone celular, não pode repassar ordens para o exterior do presídio sem a
participação de quem deve zelar para que nada disso aconteça.
O fato de saber que jovens
de classe média alta, de gente com bom poder aquisitivo, são os principais
consumidores e ‘clientes’ de uma gangue de narcotraficantes comandados por um
presidiário que faz toda a operação diretamente da cela, é muito preocupante. É
como se o marginal tivesse um escritório de onde comanda seu ‘negócio’
livremente.
Pode ser que, a partir de
uma constatação com fotos e vídeos, com a divulgação de nomes, a Polícia Civil
consiga conscientizar as autoridades envolvidas no problema, que a distribuição
de drogas é um problema muito sério que envolve gente que, aparentemente,
também é séria, mas que na verdade é de uma hipocrisia sem limites.
Quem trabalha e enfrenta
as dificuldades da vida, quem leva tudo muito a sério, não merece conviver com
pessoas que mantém negócios nojentos, escusos e que sobrevivem graças aos que
colaboram para que ele seja cada vez maior enquanto desgraçam suas vidas.
Muitos acabam sendo responsáveis pela destruição familiar, pela morte de
inocentes e seguem, livremente, abrigados sob o manto imundo da dependência.
Até quando?
Machado Filho
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