quarta-feira, 28 de novembro de 2018

➤BOM DIA!


Tele entrega de drogas!

Hoje cedo as emissoras de rádio estavam divulgando uma ação da Polícia Civil, que dava prosseguimento a uma operação quase que permanente, ou seja, o combate ao tráfico de drogas. Os policiais confirmaram aquilo que toda a sociedade já sabe faz muito tempo: o consumo de drogas é quase que exclusividade de pessoas, principalmente jovens, de classe média alta, frequentadores de shoppings e estudantes universitários.

Os policiais confirmaram que o esquema todo é comandando de uma cela do presídio central onde um criminoso, dia e noite, orienta a distribuição das drogas que é feita por motoqueiros disfarçados de funcionários de um aplicativo que entrega refeições.

Ao ler os jornais via internet, constatei que ao lado de shoppings, em estacionamentos de supermercados, ao lado de residências e até em universidades, a entrega das drogas é feita abertamente pelos motoqueiros disfarçados de entregadores normais. O cliente, na grande maioria das vezes, é alguém com bom poder aquisitivo e que não tem nenhuma preocupação em ser flagrado recebendo a ‘encomenda’!

O que mais preocupa, num caso assim, é a maneira como tudo ocorre enquanto parte da sociedade, hipocritamente, silencia. Muitos por temerem represálias, outros por envolvimento familiar ou de amigos. Muitos passam a mão na cabeça de parentes sabidamente usuários que nada mais são do que alimentadores de traficantes. Para os que se desculpam e seguem usando drogas sob o argumento de que são dependentes, existem os parente e amigos que jamais se preocupam em buscar uma solução para o problema. É mais fácil, quem sabe, conviver com ele.

Outro fato extremamente preocupante é saber que um presidiário é quem comanda, diretamente de uma cela do presídio, todo o esquema de distribuição. Quem conhece minimamente como as coisas funcionam, sabe perfeitamente que um presidiário só age assim se for acobertado por pessoas que devem impedir atitudes iguais. Um preso não pode ter telefone celular, não pode repassar ordens para o exterior do presídio sem a participação de quem deve zelar para que nada disso aconteça.

O fato de saber que jovens de classe média alta, de gente com bom poder aquisitivo, são os principais consumidores e ‘clientes’ de uma gangue de narcotraficantes comandados por um presidiário que faz toda a operação diretamente da cela, é muito preocupante. É como se o marginal tivesse um escritório de onde comanda seu ‘negócio’ livremente.

Pode ser que, a partir de uma constatação com fotos e vídeos, com a divulgação de nomes, a Polícia Civil consiga conscientizar as autoridades envolvidas no problema, que a distribuição de drogas é um problema muito sério que envolve gente que, aparentemente, também é séria, mas que na verdade é de uma hipocrisia sem limites.

Quem trabalha e enfrenta as dificuldades da vida, quem leva tudo muito a sério, não merece conviver com pessoas que mantém negócios nojentos, escusos e que sobrevivem graças aos que colaboram para que ele seja cada vez maior enquanto desgraçam suas vidas. Muitos acabam sendo responsáveis pela destruição familiar, pela morte de inocentes e seguem, livremente, abrigados sob o manto imundo da dependência.

Até quando?

Machado Filho

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