Foto: AFP/Estadão/Reprodução |
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) tenta aprovar
pelo menos uma regra de idade mínima para servidores públicos ainda este ano.
Na avaliação dele, seria um “grande passo” aprovar a regra de aposentadoria de
56 anos para mulheres e 61 anos para homens. Restará, no entanto, negociar com
o presidente Michel Temer e sinalizar a medida aos parlamentares. Afinal, a
proposta que se encontra na Câmara prevê 62 anos para mulheres e 65 anos para
homens, sejam trabalhadores do setor público ou privado.
Hoje, Bolsonaro participa de uma sessão solene no
plenário da Câmara de comemoração dos 30 anos da Constituição. É a primeira vez
que retorna ao Parlamento desde o início da corrida eleitoral. Uma oportunidade
para dialogar pessoalmente com os parlamentares, incluindo o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a aprovação de parte da reforma da Previdência.
O democrata vê com bons olhos colocar em pauta a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) para ganhar apoio do pesselista à reeleição da presidência da
Casa.
Na quarta, Bolsonaro se reúne com o presidente Michel
Temer. O tema principal em debate será a proposta que atualiza as regras de
aposentadoria. O desafio será convencer o emedebista a articular junto aos
líderes do atual Congresso a aprovação da idade mínima nos moldes planejados.
“O grande passo no meu entender, neste ano, se for possível, é passar para 61
anos no serviço público para homem e 56 para mulher e majorar também um ano nas
demais carreiras. Acredito que seja um bom começo para a gente entrar o ano que
vem já tendo algo de concreto para nos ajudar na economia”, avaliou em
entrevista à TV Aparecida.
O presidente eleito se mostrou contrário ao dispositivo
no texto atual. “Fala-se muito em 65 anos, mas você não pode generalizar isso
daí. Tem certas atividades que nem aos 60 é compatível a aposentadoria. Nós
devemos manter essas questões”,
A proposta de Bolsonaro não satisfaz o atual governo, que
gostaria de aprovar o texto articulado por Temer e pelas equipes econômica e
política. Contudo, caso seja mais bem aceita, poderia haver um acordo, até
porque a idade mínima é uma regra de que a gestão emedebista nunca abriu mão.
Correio Braziliense
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