O ato teve a participação de diversos artistas que apoiam o
petista. Um deles, o rapper Mano Brown, foi o destaque da noite com seu
discurso em tom de crítica ao PT.
“Vim representar a mim mesmo e
não representar ninguém. Não gosto de clima de festa e a cegueira que atinge lá
atinge cá também. Tem mais 30 milhões de votos de diferença, não tem margem
para alcançar. Estou realista. O Partido dos Trabalhadores tem que entender o
povo”, disse o músico.
“Falar bem do PT é fácil, tem
que falar para uma multidão que precisa ser conquistada, senão vamos cair no
abismo”, completou o rapper enquanto algumas pessoas vaiavam, de acordo com o
UOL.
O cantor Caetano Veloso assumiu
o microfone logo na sequência e tentou amenizar os ânimos de quem esteve
presente ao ato. “Há meios de dizer àqueles que se deixaram hipnotizar por essa
onda. Estou aqui por isso, assim como vocês e o Mano Brown. O que estamos para
defender aqui é a dignidade de cada brasileiro”, afirmou.Segundo Caetano, o discurso de Brown representa a
complexidade do momento.
O Brasil tem sido
bombardeado há décadas por discursos de sociólogos que usam palavrões em suas
análises e apostam na imbecilização da sociedade. Temos que encontrar
meios de dizer a esses eufóricos [eleitores do Bolsonaro] do perigo à
democracia. Me oponho a ‘cafajestização’ do homem brasileiro”, disse.
Caetano declarou apoio a Haddad na semana passada após ter declarado voto em
Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno.
Haddad foi outro a contemporizar a fala de Brown e disse que era
preciso ouvir com cuidado o que o músico falava. “O que ele disse é sério, as
pessoas da periferia estão com ódio, desempregadas, tiveram que deixar a
universidade. Precisamos abraçar e conversar com essas pessoas, não são nossos
inimigos”, disse o candidato.
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