A profusão de vídeos e
áudios em que Lula apresenta Fernando Haddad e faz, de viva voz e em imagem, a
transição para seu novo “poste” é a evidência maior de que o PT encenou de
abril a setembro uma farsa diante da Justiça, da imprensa e do próprio
eleitorado. Haddad já era o escolhido antes mesmo de Lula ser preso, em 7 de
abril. O partido sabia das parcas chances de candidatura de Lula, mas a esticou
ao máximo em busca de uma narrativa de vitimização e de elevar a empatia com o
líder preso.
O agora candidato, que
tentará doravante se vender como alguém com ideia e biografia próprias, para
tentar atrair um eleitorado avesso ao PT, se imbuiu do papel na farsa
docemente: foi primeiro coordenador de programa de governo, depois vice, depois
“advogado” de Lula e, por fim, seu sucessor. / Vera Magalhães
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