quinta-feira, 27 de setembro de 2018

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TSE barra candidatura ao governo do Rio

Anthony Garotinho - Foto AFP/Reprodução
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou nesta manhã por unanimidade a candidatura de Anthony Garotinho (PRP) ao governo do Rio de Janeiro. Os sete ministros da Corte Eleitoral votaram pela manutenção da impugnação da candidatura de Garotinho determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) devido à condenação do ex-governador em segunda instância por improbidade administrativa no TJ-RJ. O Tribunal determinou ainda para que a campanha seja imediatamente suspensa e que seja proibido o repasse de novos recursos do fundo eleitoral para a chapa.


Apesar de votar pela impugnação da candidatura, a presidente da Corte, ministra Rosa Weber foi a única a defender que o ex-governador poderia continuar a realizar atos de campanha enquanto houver recursos pendentes ao Supremo Tribunal Federal (STF), e acabou sendo voto vencido nesta parte. Com a nova derrota, o ex-governador ainda pode tentar um recurso extraordinário no STF para tentar suspender a decisão do tribunal ou mesmo entrar com embargos da decisão no próprio TSE. Mesmo tendo direito a recurso, Garotinho só pode voltar a disputar eleição se conseguir uma liminar. A mera apresentação do recurso ao tribunal não gera o chamado efeito suspensivo.

O nome de Garotinho continuará na urna eletrônica por que já terminou o prazo para alterações no sitema do TSE. Mas, nenhum dos eventuais votos que venham a ser dado ao candidato terão validade. A assessoria do TSE não soube informar como serão computados os votos para Garotinho. A advogada Gabriela Rollemberg, que representa o ex-governador no caso, informou que deve entrar com embargos da decisão no TSE e que a defesa está tentando recursos nos processos em que Garotinho foi condenado para tentar reverter a inelegibilidade. De acordo com a advogada,caso a decisão não seja revertida, os votos para Garotinho nas urnas serão computados, mas não serão divulgados.

Garotinho teve sua candidatura barrada por unanimidade pelo TRE-RJ em sessão do dia 6 de setembro e recorreu ao TSE para continuar em campanha enquanto houvesse recursos da decisão ao TSE. A decisão do TRE teve como base a sentença da 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio que, em julho, condenou Garotinho por improbidade administrativa em um processo no qual é acusado de envolvimento em um esquema que desviou R$ 234,4 milhões da Secretaria Estadual de Saúde.

Portal O Globo

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