No começo da noite de ontem (24) tomei conhecimento da
nova pesquisa do IBOPE sobre as eleições que acontecem dentro de poucos dias.
Não só eu, mas todo o Brasil, é claro, tomou conhecimento do que mostraram os
números divulgados pelo instituto. Para não demorar muito, ficamos sabendo que,
pela pesquisa do IBOPE, Bolsonaro estacionou em 28% e Haddad vem crescendo em
ritmo acelerado. A rejeição de Bolsonaro cresceu e ele perderia em todas as
simulações de segundo turno. Em todas não, pois, pelos dados da pesquisa, empataria com Marina Silva.
A partir daí, fui dar uma olhada nos portais de notícias,
sites, blogs, rádio e televisão. Todos, ou a grande maioria, parecia babar de satisfação
com os números divulgados. Não foi surpresa, pois há, no meu entender, uma
campanha clara e absoluta contra a candidatura do representante do PSL e, a
partir da pesquisa divulgada, uma insensata e incompreensível alegria pela
possibilidade da volta do PT ao governo brasileiro.
Alguém, e admito que possa ser eu, deve estar errado
naquilo que pensa e quer para o Brasil. Já disse aqui mesmo, que não sou adepto
da candidatura de Bolsonaro, mas não posso admitir que alguém, a não ser os petistas,
desejem o retorno da corrupção, da lavagem de dinheiro, da destruição da
economia, do sucateamento da Petrobras, dos presos e condenados pela Lava Jato
ao Planalto.
Só posso imaginar que alguma coisa extraordinária ou
muito bem engendrada deve estar em andamento ou sendo preparada para que algo
de indesejável, pelo menos para a maioria, aconteça em relação ao que será decidido, ou
encaminhado, no dia 7 de outubro.
Como ilustração sobre as pesquisas, gostaria de colocar
aqui algo que, me parece, acontece com a maioria das pessoas. Estou em Porto
Alegre há 67 anos e nunca, repito, nunca fui entrevistado, consultado, pessoalmente, por telefone, carta ou seja lá o
que for, por ninguém que fizesse alguma pesquisa eleitoral. Jamais tive a
oportunidade de dizer o que quero ou o que não quero em termos de eleições. Mas
elas, segundo os institutos (e como tem) refletem o pensamento da maioria. Devo fazer parte da minoria ignorada pelos pesquisadores.
Daí aparecem milhares de pesquisas, muito bem pagas,
informando que este ou aquele candidato tem a preferência do eleitor e que este
ou aquele candidato não seria votado de jeito nenhum. Aliás, sobre pesquisas
eleitorais, defendo a tese de que as mesmas deveriam seguir algum tipo de lei
que permitisse somente uma sondagem logo após a indicação dos candidatos, uma 30
dias antes da eleição e uma de boca de urna. As pesquisas, atualmente,
acontecem quase que diariamente e resultam numa clara intenção de influir na vontade
daqueles que ainda não decidiram em quem votar. Afinal, muitos votam em quem as
pesquisas dizem que será o vencedor, uma manipulação clara e que atende, não
tenho dúvidas, aos interesses de quem patrocina tais levantamentos.
Somente para
ilustrar o comentário que faço, reproduzo o que escreveu uma jornalista, que
ocupa espaços em vários veículos, sobre os últimos números do IBOPE: “
Bolsonaro continua vencendo em quatro das cinco regiões e é, sem dúvidas, muito
forte, Mas Haddad se afirmou e vai dar muito trabalho e Ciro e Alckmin lutam
bravamente”
Será que o comentário não sofreu nenhuma influência das pesquisas
eleitorais? Será que as pesquisas não representam a vontade de quem patrocina?
Será que são confiáveis?
Tomara que o melhor prevaleça e que, se alguém estiver
errado, que seja eu, pois represento apenas um voto no esquema inteiro.
É o que penso!
Machado Filho
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