Nos últimos dias, praticamente só se fala em política. A
sucessão presidencial é assunto obrigatório em todas as páginas de jornais,
noticiários de rádio e televisão, informações de portais, sites e blogs. Fora
os que dedicam uma imensidão de linhas e palavras para tratar das candidaturas
ao Senado, ao Governo do Estado, dos deputados federais e estaduais. Estamos
quase que soterrados por tanta informação (?) política nos últimos dias.
Pois hoje cedo, ao vir para o Centro Histórico, conversei
com minha mulher sobre a sujeira, a verdadeira imundice que os pichadores
espalham pela cidade. Não há uma só parede, um só prédio, público ou privado,
que não sofra com a verdadeira desgraça que são os pichadores.
Basta que alguém pinte uma parede, um muro, para que
imediatamente apareçam as pichações, em certos casos as mais absurdas, com
frases que só dizem respeito ao que pensam os mal educados e irresponsáveis
pichadores.
Moro no Bairro Medianeira e minha mulher passa pela
Avenida Cascatinha para me deixar no Centro. Pois de lá até aqui, perdi a conta
de quantas paredes, muros, janelas e portas estão pichadas com assinaturas,
marcas, frases dos mesmos pichadores que só quem deve tratar não trata. Admito
até que alguma coisa, extremamente tímida, foi feita, mas não adiantou de nada.
Os vândalos chegam até o alto dos prédios e picham tudo, num prazer mórbido e
incontrolável.
Minha indignação aumentou muito ao ver o prédio do antigo
cinema Capitólio, totalmente reformado, pintado, e transformado em verdadeiro cartão
postal da cidade, completamente tomado por pichações as mais diversas. Tem de
tudo naquelas paredes que mereciam o respeito de todos, mas que sofrem pela
inconsciência, falta de educação e insensibilidade de marginais que, com um
spray ou uma lata de tinta e um pincel, sujam as paredes, por mais históricas
que sejam, com frases, lemas, marcas que mostram a total e incabível ignorância
de quem se esconde na noite, no anonimato e na impunidade para destruir
verdadeiros monumentos que o poder público, com nosso dinheiro, reforma, pinta
e tenta conservar.
Não há limite para a falta de sensibilidade, de educação dos formadores de gangues de pichadores. Não respeitam o
direito das pessoas de reformarem e pintarem suas casas. O total desprezo pela
despesa de terceiros, é marca registrada de quem anda pelas ruas buscando
espaço para despejar, através de pichações nojentas, seu recalque e sua total
incapacidade para viver em sociedade.
Até quando teremos que conviver com a sujeira, a
imundície, espalhada pelos vândalos travestidos de pichadores pelos quatro
cantos da cidade? É só dar uma olhada na bandalheira que a marginália despeja
sobre as paredes de Porto Alegre, para imaginar que nada vai adiantar em termos
de providências das autoridades. Os verdadeiros bandidos do spray e do pincel
seguirão sujando tudo.
Pichador é um a verdadeira praga!
É o que penso.
Machado Filho
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