quinta-feira, 6 de setembro de 2018

➤É o que penso

Independência ou morte!

Quando eu estudava no Grupo Escolar Mena Barreto, em São Gabriel, a Semana da Pátria, que estamos vivendo neste momento, era completamente diferente. E já deixo claro que não sou saudosista, que não se trata de ser contra a evolução nem de pensar que o mundo teria que parar e voltar para o que era antes. Muito pelo contrário.

Na Semana da Pátria dos meus tempos de estudante primário (era assim que se chamava) a gente desenhava a Bandeira do Brasil, coloria o mapa, espalhava cartazes por toda a escola e, o mais importante, todos os dias a gente chegava, ficava no pátio da escola e, perfilado, cantava o Hino Nacional, que todos sabiam de cor, enquanto um aluno por dia hasteava a Bandeira do Brasil. E todos faziam isso com muito orgulho.

Nos meus tempos de guri, a gente aprendia a ser brasileiro e, o que é mais importante, a ter orgulho da nossa Bandeira, de cantar com o peito aberto o Hino Nacional e de amar o Brasil.

Todos nós sabíamos contar, quando solicitados, a história da Independência, falar de Tiradentes, de Dom Pedro, do grito às margens do Ipiranga. Nossos professores ensinavam que o respeito pelos símbolos e pela história do Brasil, era da maior importância para nosso futuro.

A gente sabia que teria caminhos decididos pela vocação de cada um, mas sabia o quanto era importante respeitar a Pátria e, com ela, os mais velhos, as tradições, a liberdade de cada um.

Hoje, ao deixar a Gabriela na faculdade, fiquei pensando em tudo isso e no quanto as coisas mudaram. Sei que ela é uma menina, uma moça como ela se considera, inteligente, estudiosa, mas que vive o seu tempo. E o tempo dela é completamente diferente do meu. E não se trata de questão de idade, mas de mudanças no comportamento que passou a ser exigido, aos poucos, principalmente dos mais jovens.

Hoje, com raríssimas exceções, não se vê mais as bandeiras do Brasil tremulando na fachada das escolas, dos prédios públicos e até de algumas casas. Pouquíssimos sabem a letra do Hino Nacional. Cantar, então, nem pensar.

O respeito por nossos símbolos maiores acabou juntamente com o respeito pela liberdade, pelas leis, pela idade, pelos deficientes. Hoje, lamentavelmente, cada um vive por si e seja lá o que Deus quiser!

Ao escrever, lembrei do meu tempo no Mena Barreto, da Semana da Pátria, do uniforme (guarda pó) branco e gravata azul, das meninas com um tope de fita na gola e todos nós, perfilados, cantando o Hino e olhando, com orgulho, para a Bandeira do Brasil que assistia imponentemente a festa que todos faziam para comemorar o grito de Dom Pedro: Independência ou morte!

Que pena que hoje já não é mais assim. Concordo que o progresso fez com que as coisas mudassem, mas não precisava influir tanto na formação dos nossos jovens.

É o que penso!

Machado Filho

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