A proximidade de eleições
escancara por toda parte o domínio da política por grupos familiares, mas o
caso do Ceará, pelo menos no momento, é o que mais chama a atenção.
Ali, um Ferreira Gomes
(Ciro) é candidato a presidente. Outro (Cid), a senador. O terceiro (Ivan) é
prefeito de Sobral. O quarto (Lúcio), secretário de Estado. O quinto (Lia),
candidata a deputada estadual.
Ciro é irmão de Cid, que é
irmão de Ivan, que é irmão de Lúcio, que é irmão de Lia, a caçula. Ciro e Cid
já governaram o Ceará. Antes foram deputados, assim como Ivan.
Os cinco são netos de José
Euclides Ferreira Gomes que dá nome ao anexo da Assembleia Legislativa do
Ceará, onde foi deputado no início do século passado. A cidade de Sobral é o
berço político deles.
Um Ferreira Gomes
(Vicente) foi o primeiro prefeito de Sobral em 1890. Outro (José) foi o
segundo. Mais um governou a cidade em 1935. Que voltou a ser governada pela
família em 1977.
Pergunte a Ciro, Cid,
Ivan, Lúcio ou à estreante Lia se eles se consideram uma oligarquia. Ou melhor:
não pergunte. Isso costuma irritá-los. Eles alegam ter vocação para a política,
e pronto. Não são os únicos.
O presidente da Assembleia
Legislativa lançou o filho candidato a deputado federal. O prefeito de
Fortaleza indicou o irmão para suplente de Cid Gomes, candidato a senador.
A mulher do prefeito de
Caucaia é candidata à deputada estadual. O filho do prefeito de Juazeiro do
Norte, a deputado federal. O vice-prefeito de Maracanaú é candidato a deputado
federal e o filho a estadual.
Para não parecer birra com
o Ceará, registre-se que no Piauí também tem disso. A mulher do governador é
candidata à deputada federal. Assim como o filho do presidente da Assembleia
Legislativa, no cargo há 14 anos.
O senador Ciro Nogueira,
presidente do Partido Popular (PP), quer se reeleger e eleger a mulher deputada
federal. E como teme perder o mandato para a Lava Jato, indicou a própria mãe
para suplente dele.
Portal VEJA
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