O lucro líquido dos
maiores bancos do País atingiu R$ 21,27 bilhões de abril a junho deste ano,
cifra 15,3% maior que o mesmo período do ano passado. Os resultados incluem
Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Santander Brasil e Caixa, que
divulgou balanço nesta segunda-feira, 20.
O desempenho foi
impulsionado, em boa parte, pelo menor gasto dos bancos com a inadimplência. As
instituições financeiras, embora tenham apresentado melhora na oferta de
crédito, estão debruçadas em aumentar as receitas com tarifas e serviços, uma
vez que a demanda por empréstimo ainda não voltou com tanto vigor.
Os resultados do segundo
trimestre dos cinco maiores bancos superaram as despesas com provisões para
devedores duvidosos. O feito, que acontece pela primeira vez desde o início do
impacto da crise político-econômica que atingiu em cheio as instituições por
conta da inadimplência, já havia sido alcançado no resultado dos bancos de
capital aberto no primeiro trimestre. Agora, se estende ao balanço divulgado
pela Caixa, que não tem ações em Bolsa.
Somados, os gastos dos
grandes bancos com devedores duvidosos, sem considerar a recuperação de créditos,
somou R$ 20,3 bilhões no segundo trimestre, queda de 22,3% em 12 meses. Em
relação ao primeiro trimestre, a cifra encolheu em cerca de R$ 800 milhões.
Apesar de ainda ver uma
queda na carteira de crédito, um contraste à expansão registrada nos bancos privados,
a Caixa acredita que seu balanço atual é suficiente para permitir mostra uma
tendência de retomada nos resultados. O vice-presidente de finanças e
controladoria do banco estatal, Arno Meyer, disse que a Caixa precisava de
ajustes de capital para seguir um caminho sustentável de crescimento.
Agência Estado
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