A bancada de ministros do
Supremo Tribunal Federal que se diz empenhada em “devolver o país à
normalidade” estoca munição para em hora oportuna voltar a disparar contra a
Operação Lava Jato. Por hora oportuna, entenda-se: a qualquer momento ou tão
logo acabe o recesso de meio do ano da Justiça.
Se Michel Temer viajar ao
exterior antes de meados de agosto, quem o substituirá no cargo será a ministra
Cármen Lúcia, presidente do Supremo. Nesse caso, o ministro Dias Toffoli a
substituirá na presidência do tribunal. Se quiser, nada o impedirá de dar um
jeito e de mandar soltar Lula.
A partir de setembro, e por dois anos, o presidente do
Supremo será Toffoli. Cármen Lúcia ocupará a vaga dele na Segundo Turma do
tribunal, responsável pelos julgamentos da Lava Jato. Mas a vaga poderá caber
ao Marco Aurélio Mello por ser ministro mais antigo do que Cármen Lúcia.
Basta para isso que ele requeira sua transferência da
Primeira para a Segunda Turma. Assim, a bancada interessada em pôr freio à Lava
Jato continuaria majoritária na Segunda Turma. Marco Aurélio ainda não decidiu
se permanecerá onde está ou se mudará de turma. Está pensando.
Portal VEJA
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