terça-feira, 24 de julho de 2018

➤Ricardo Noblat

O condenado mais inocente do mundo

Insiste em dizer a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, que se a Justiça apresentar uma prova da culpa de Lula, uma única reles prova, ele não será candidato a presidente. Então se resignará a cumprir a pena de 12 anos e um mês de cadeia pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Quer dizer que nenhuma das provas que o condenou foi convincente? Que errou o juiz Sérgio Moro ao condená-lo, e depois erraram os juízes do tribunal de Porto Alegre que por duas vezes o condenaram? Sem falar dos juízes dos tribunais superiores que negaram todos os recursos de sua defesa até aqui?

E o mundo civilizado não reagiu contra tão escandalosa injustiça? Somente os governos da Venezuela, Cuba, Bolívia e Nicarágua reagiram? Os Estados Unidos não? Nenhum país europeu? A China calou-se? A Rússia nada disse? Calada ficou a Organização das Nações Unidas? Barbaridade!

O mais trágico é ver os brasileiros assistirem sem revolta a prisão do mais popular presidente que o país já teve, não é verdade? Pelo menos 30% desse povo dizem que votariam em Lula outra vez, mas é só. Nada fazem. Não vão às ruas para protestar. Não incendeiam o país como tanto temeram ministros do Supremo Tribunal Federal.

Povo ingrato, esse. Ou povo sábio que não se deixa enganar por um político preso travestido de preso político.

Portal da Revista VEJA

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