quinta-feira, 26 de julho de 2018

➤Operação Zelotes – Fase 10

Alvos:  Gianetti, ex-secretário e siderúrgica


A Secretaria da Receita Federal informou nesta quinta-feira, 26, que foi deflagrada a 10ª fase da Operação Zelotes da Polícia Federal, que apura desvios perante o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda (Carf).

A ação mira irregularidades em julgamento de processo fiscal de interesse de empresa siderúrgica Paranapanema, com sede na cidade de Santo André (SP). Desta vez, segundo nota da Receita, os prejuízos ao poder público superam R$ 400 milhões. 

São alvos de buscas o empresário e economista Roberto Giannetti da Fonseca e o ex-secretário de comércio exterior Daniel Godinho. Giannetti, ligado ao PSDB, é ex-diretor da área internacional da  Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e é um dos colaboradores da campanha política do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência. Ele também era coordenador do programa de governo do ex-prefeito paulistano João Doria (PSDB) ao governo de São Paulo, mas deixou a função nesta quinta-feira. 

Já Godinho liderou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) durante o governo de Dilma Rousseff.

Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em quatro e Estados e no Distrito Federal, alcançando endereços de sete pessoas físicas e duas empresas. Esta etapa da operação foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF) ao Poder Judiciário e está sendo realizada em conjunto pelas equipes da Polícia Federal, da Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda e da Coordenação-Geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal do Brasil.

Segundo o MPF,  a siderúrgica Paranapanema teria repassado R$ 8 milhões para a Kaduna Consultoria, empresa do economista Roberto Gianetti da Fonseca. Desse montante, cerca R$ 2,3 milhões teriam ficado com Gianetti da Fonseca e o restante teria sido encaminhado para dois escritórios de advocacia. Esses escritórios, ainda de acordo com o MPF, foram responsáveis por remeter parte dos valores para conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Agência Estado

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