O número de mortos durante
a crise sociopolítica na Nicarágua chegou a 448 no período entre 19 de abril e
25 de julho, de acordo com relatório preliminar da Associação Nicaraguense dos
Direitos Humanos (ANPDH), apresentado nesta quinta-feira (26).
No último relatório
apresentado pela organização, em 11 de julho, o número de mortes estava em 351
- o que mostra que os confrontos deixaram mais 91 vítimas em 15 dias. O jornal
"La Prensa" informou que 399 mortos já foram devidamente identificados.
Entre as vítimas, 426 são homens e 26 são mulheres.
A capital, Manágua, teve o
maior número de assassinados: 189. Masaya registrou 55 e Matagalpa, 32.
As manifestações contra o presidente Daniel Ortega, que está no poder desde 2007, começaram em 18 de abril por causa de um decreto que regulamentava a reforma da Previdência Social. Os protestos foram violentamente reprimidos.
Embora o governo tenha
voltado atrás na reforma, as manifestações contra casos de abuso e de corrupção
do governo prosseguiram. Essa já é considerada a crise mais sangrenta da
história do país em tempos de paz e a mais forte desde a década de 80, quando
Ortega também foi presidente (1985-1990).
Portal G1
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