segunda-feira, 16 de julho de 2018

➤Lillian Witte Fibe

Quando uma banana podre vale ouro

Se você pensa que já viu de tudo em matéria de indecência na compra descarada de votos antes da votação das duas denúncias contra o presidente Michel Temer no Congresso, tape seu nariz para o que vem por aí nos próximos 15 dias.Daqui até 5 de agosto, os presidenciáveis vão dar o sangue por apoio de partidos que resultem em mais alguns minutos de propaganda gratuita na TV.

Ideologia? Programas de governo?

Esqueça.

Há muitos estudos e nenhuma certeza sobre a importância das redes sociais na cabeça do eleitor.

Fundamental mesmo continua a ser a exposição no rádio e na TV.

Daí que os partidos menores, correndo à margem dos tradicionais PMDB – ops, em nome da renovação, mudou e agora é MDB – PSDB e PT, se unem e procuram ganhar escala.

Antes conhecidos como centrão, agora se autodenominam blocão e estão no mercado com alto poder de barganha.

Unicamente porque são donos de tempo na campanha da TV.

Uma das noivas mais cortejadas do momento?

Sem dúvida um dos primeiros pais do mensalão, o condenado, ex-presidiário e proprietário do Ministério dos Transportes desde a primeira eleição de Lula, Valdemar Costa Neto, hoje no PR, Partido da República.

Valdemar, um dia, já foi de direita.

Há tempos, despiu-se de viés partidário para deter o controle de estradas, ferrovias, portos e aeroportos, sem deixar de demarcar território também em vários outros órgãos governamentais, inclusive em bancos estatais
.
São duas semanas de feira livre.

É a hora da Xepa.

À venda, muita coisa podre que vai ser comprada com avidez e a preço de ouro.

Portal VEJA

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