quarta-feira, 18 de julho de 2018

Ricardo Noblat

A solidão de Bolsonaro
O que dirá Jair Bosonaro (PSL) em 11 míseros segundos quando tiver início no próximo dia 31 de agosto o período de propaganda no rádio e na televisão dos candidatos às eleições gerais de outubro?
(A leitura em voz alta das linhas acima consome 14 segundos. A leitura silenciosa, pouco mais de seis.)
Foi por isso que ele correu atrás do apoio do Partido da República (PR) que lhe acrescentaria mais 45 segundos. Correu e perdeu. Queria o senador Magno Malta (PR-ES) como candidato a vice. Ficará com o general da reserva Augusto Heleno Ribeiro Pereira.
O general disse que está pronto para enfrentar sua nova missão. Ex-capitão do Exército, Bolsonaro não precisa de um general que lhe bata continência para se tornar confiável à gente que usa farda ou que gosta de uma mesmo sem usá-la. Confiável ele já é.
Precisava de mais tempo de propaganda. E também de um contingente de vereadores, deputados estaduais e federais espalhados pelo país capazes de ajudá-lo na caça ao voto. Diz que 240 deputados federais de vários partidos o apoiam. A ver depois.
Se ele antes cogitou de não comparecer a debates eleitorais no rádio e na televisão para escapar a críticas dos seus adversários, agora não poderá perder um só deles. As redes sociais não lhe bastarão. Como, de resto, a nenhum dos candidatos.
Nas eleições de 2014, ao virar candidata do PSB a presidente da República, a ex-ministra Marina Silva disparou nas pesquisas de intenção de voto. Dilma e Aécio Neves se juntaram para massacrá-la. Era mínimo o tempo de Marina no rádio e na televisão.
Desta vez também será mínimo. Como Bolsonaro, Marina é candidata de um partido minúsculo. Como ele, não atraiu outros partidos – sequer tentou. Bolsonaro é o segundo colocado nas pesquisas. Hoje, só Marina o derrotaria no segundo turno.

Alckmin convoca a tropa
Como presidente do PSDB e candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin convocou para uma reunião amanhã em São Paulo todos os presidentes estaduais e municipais do partido país a fora, bem como deputados federais e aspirantes a deputado. Governadores e candidatos aos governos serão bem-vindos.
Na pauta da reunião, como usar com eficiência as redes sociais para se eleger – e também a Alckmin, é claro. O candidato estará à disposição para quem queira trocar ideias e posar com ele para fotos.

Manuela, a breve
Dá-se como certo nas franjas do Partido Comunista do Brasil (PC do B) que em breve sairá de cena a candidatura de Manuela d’Ávila a presidente da República. O partido apoiará a candidatura de Lula e, à falta dela, de outro candidato do PT.

Portal VEJA

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