O que dirá Jair Bosonaro
(PSL) em 11 míseros segundos quando tiver início no próximo dia 31 de agosto o
período de propaganda no rádio e na televisão dos candidatos às eleições gerais
de outubro?
(A leitura em voz alta das
linhas acima consome 14 segundos. A leitura silenciosa, pouco mais de seis.)
Foi por isso que ele
correu atrás do apoio do Partido da República (PR) que lhe acrescentaria mais
45 segundos. Correu e perdeu. Queria o senador Magno Malta (PR-ES) como
candidato a vice. Ficará com o general da reserva Augusto Heleno Ribeiro
Pereira.
O general disse que está
pronto para enfrentar sua nova missão. Ex-capitão do Exército, Bolsonaro não
precisa de um general que lhe bata continência para se tornar confiável à gente
que usa farda ou que gosta de uma mesmo sem usá-la. Confiável ele já é.
Precisava de mais tempo de
propaganda. E também de um contingente de vereadores, deputados estaduais e
federais espalhados pelo país capazes de ajudá-lo na caça ao voto. Diz que 240
deputados federais de vários partidos o apoiam. A ver depois.
Se ele antes cogitou de
não comparecer a debates eleitorais no rádio e na televisão para escapar a
críticas dos seus adversários, agora não poderá perder um só deles. As redes
sociais não lhe bastarão. Como, de resto, a nenhum dos candidatos.
Nas eleições de 2014, ao
virar candidata do PSB a presidente da República, a ex-ministra Marina Silva
disparou nas pesquisas de intenção de voto. Dilma e Aécio Neves se juntaram
para massacrá-la. Era mínimo o tempo de Marina no rádio e na televisão.
Desta vez também será
mínimo. Como Bolsonaro, Marina é candidata de um partido minúsculo. Como ele,
não atraiu outros partidos – sequer tentou. Bolsonaro é o segundo colocado nas
pesquisas. Hoje, só Marina o derrotaria no segundo turno.
Alckmin convoca a tropa
Como presidente do PSDB e
candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin convocou para uma reunião
amanhã em São Paulo todos os presidentes estaduais e municipais do partido país
a fora, bem como deputados federais e aspirantes a deputado. Governadores e
candidatos aos governos serão bem-vindos.
Na pauta da reunião, como
usar com eficiência as redes sociais para se eleger – e também a Alckmin, é
claro. O candidato estará à disposição para quem queira trocar ideias e posar
com ele para fotos.
Manuela, a breve
Dá-se como certo nas
franjas do Partido Comunista do Brasil (PC do B) que em breve sairá de cena a
candidatura de Manuela d’Ávila a presidente da República. O partido apoiará a
candidatura de Lula e, à falta dela, de outro candidato do PT.
Portal VEJA
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