Foto: Agência Estado/Reprodução |
O ex-ministro José Dirceu se
entregou à Operação Lava
Jato, na tarde desta sexta-feira, 18. Por volta das 14h, o petista
fez exames de praxe no Instituto Médico-Legal (IML), em Brasília.
Zé Dirceu chegou ao local escoltado por agentes Polícia
Federa. De lá, o ex-ministro deve ser levado para o penitenciária da Papuda.
O petista vai começar a cumprir a pena de 30 anos, nove
meses e dez dias por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertinência
à organização criminosa por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobrás.
A denúncia acusou Dirceu de receber parte das propinas da
empreiteira Engevix à Diretoria de Serviços da Petrobrás entre 2005 e 2014. O
ex-ministro teria levado R$ 10,2 milhões.
Dirceu tinha até as 17h para se apresentar à Polícia
Federal. A ordem foi
tomada pela juíza Gabriela Hardt, substituta do juiz Sérgio Moro, na
13.ª Vara Federal, em Curitiba.
No início da tarde da quinta-feira, 17, o Tribunal
Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) negou um recurso decisivo do petista e
abriu caminho para Dirceu ser preso. Após a decisão da Corte de apelação
da Lava Jato, a juíza mandou prender o ex-ministro.
Gabriela Hardt ordenou também a transferência de José
Dirceu para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, região metropolitana de
Curitiba, onde estão outros presos da Lava Jato. No Paraná, estão presos
outros petistas: o ex-presidente Lula, o ex-ministro Antonio Palocci, ambos na
Polícia Federal, e o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto e o ex-deputado
federal André Vargas, no presídio estadual em Pinhais.
Zé Dirceu, fundador do PT, foi o ministro mais poderoso
do primeiro governo Lula, mas acabou condenado no processo do Mensalão – 7 anos
e onze meses de reclusão por lavagem de dinheiro.
Agência Estado
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