quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

➤Ditadura de Nicolás Maduro

Venezuela fechou quase 70 veículos de imprensa em 2017


Apenas este ano, 69 emissoras de rádio e TV foram retiradas do ar e jornais fecharam as portas sem papel na Venezuela. A crise que atinge os meios de comunicação ainda se dá em meio a uma escalada de agressões contra jornalistas, de acordo com um balanço anual publicado ontem pelo Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP, em espanhol), principal sindicato do setor do país. A lista inclui 46 rádios, três emissoras de televisão e 20 jornais. O SNTP também registrou 498 agressões e 66 detenções contra jornalistas este ano, e atribuiu ao governo a “intenção de silenciar, a qualquer preço, o descontentamento pela cada vez mais crítica situação econômica e social” no país, com hiperinflação e escassez aguda de alimentos e remédios.

Em relação às agressões, segundo o relatório, a cifra aumentou 26,5% em relação a 2016, quando foram contabilizados 360 ataques. A maioria das 273 agressões ocorreu durante os protestos contra o presidente Nicolás Maduro, que deixaram 125 mortos entre abril e julho. De acordo com o sindicato, 70% são atribuídas a militares e policiais. O documento ainda cita 498 atos que constituem “violações à liberdade de expressão que levaram a níveis insuspeitos do cerco à imprensa independente”: “Utilizando o braço e as armas da Guarda Nacional (militarizada) e as polícias regionais e municipais, a burocracia oficial tentou tornar o conflito invisível”, acrescentou o documento.


Apenas este ano, cerca de 20 jornais se viram obrigados a suspender suas tiragens permanente ou temporariamente, e de acordo com o SNTP todos os jornais que restam tiveram que limitar sua paginação e circulação.
Agência Globo
Fotos: AFP/Reprodução

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