quarta-feira, 13 de setembro de 2017

➤RAPIDINHAS


Funaro: ”Temer dividiu propina da Odebrecht com Geddel”
O corretor Lúcio Funaro disse em sua delação premiada que o presidente Michel Temer dividiu com Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-homen forte de seu governo, propina da Odebrecht. Nos anexos de sua colaboração, já homologada pelo Supremo, ele afirmou ter buscado R$ 1 milhão em espécie, supostamente pagos pela empreiteira, no escritório do advogado e ex-deputado José Yunes, amigo de Temer. Relatou também ter mandado a quantia para Geddel, na Bahia. As declarações de Funaro coadunam com a versão apresentada pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Mello Filho em sua delação. Ele relatou ter negociado com Temer e seus aliados, entre eles o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), doações de caixa 2 para campanhas em 2014, no total de R$ 10 milhões.

PF diz que irmãos Batista têm personalidade voltada para o crime
O delegado da Polícia Federal Victor Hugo Rodrigues, da Operação Tendão de Aquiles, definiu os irmãos Joesley e Wesley Batista como ‘pessoas que têm a personalidade voltada para a prática reiterada de crimes’. O juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, expediu ordens de prisão contra Wesley e Joesley. Wesley foi preso em casa, em São Paulo. O empresário foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, por volta das 7h40.
Joesley já está preso temporariamente por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, por suspeita de violação de sua delação premiada. Os irmãos são investigados pelo uso indevido de informações privilegiadas em transações no mercado financeiro ocorridas entre abril e 17 maio de 2017, data de divulgação de informações relacionadas a acordo de colaboração premiada firmado por ambos os presos e a Procuradoria-Geral da República.

Carteira da OAB de Marcelo Miller é suspensa por 90 dias
O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, afirmou que o ex-procurador da República e advogado Marcelo Miller terá uma suspensão cautelar do direito de advogar por 90 dias a partir desta quarta-feira (13). O processo, segundo ele, pode chegar à cassação da carteira da OAB de Miller. Ele é suspeito de ajudar os executivos do grupo J&F, controlador da JBS — de Joesley Batista —, a negociar seus acordos de delação (feitos por pessoas físicas na esfera penal) quando ainda era da PGR. De acordo com a OAB, a suspensão se dá pelo mesmo motivo: trabalhar como advogado enquanto era procurador.
"Houve um exercício da profissão da advocacia de forma irregular, enquanto ele ainda era membro do Ministério Público", explicou Lamachia. O processo contra Miller foi aberto em junho de 2017.

Ex-governador Anthony Garotinho é preso no RJ
O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR) foi preso na manhã desta quarta-feira. Ele estava apresentando o programa que mantém na Rádio Tupi, sediada em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, quando agentes da Polícia Federal (PF) apareceram para cumprir um mandado de prisão domiciliar. Garotinho foi conduzido para a sede da PF em Campos dos Goytacazes, no norte do estado, onde fará exames de corpo de delito e será interrogado. Em seguida, o ex-governador deverá ser levado para a casa onde irá cumprir prisão domiciliar, no bairro da Lapa. Ele terá de usar tornozeleira eletrônica. A Justiça diz que o grupo chefiado por Garotinho não cessou a prática de crimes durante o período em que o ex-governador esteve em liberdade. A decisão é do juiz Ralph Manhães, da 100º Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes.

Seis ações e três denúncias contra Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestará na tarde desta quarta-feira um novo depoimento ao juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância. Será a primeira vez que o petista encontrará o magistrado após ter sido condenado por ele a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá. Ao todo, Lula é alvo de seis ações penais – ou seja, já é réu – e três denúncias – é apenas acusado. O depoimento a Moro será referente ao processo em que a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) acusa o ex-presidente dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido propinas de 13 milhões de reais da Odebrecht. Parte do dinheiro – 12,4 milhões de reais -, sustentam os procuradores, teria sido gasta na compra de um terreno para abrigar a sede do Instituto Lula em São Paulo – o prédio, no entanto, foi construído em outro endereço. Outros 504.000 reais teriam sido usados na compra da cobertura vizinha à de Lula no edifício Hill House, em São Bernardo do Campo (SP). As duas compras teriam sido feitas por laranjas: no caso do terreno, o empresário Demerval Gusmão; no caso da cobertura, Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. O petista nega todas as acusações.

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