quinta-feira, 6 de julho de 2017

➤RAPIDINHAS


Justiça Federal mantém Geddel Vieira Lima preso
Em audiência de custódia realizada na manhã desta quinta-feira, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Criminal de Brasília, negou pedido da defesa de Geddel Vieira Lima e manteve o ex-ministro preso preventivamente. Geddel foi preso na segunda-feira, sob acusação de tentar obstruir a Operação Lava Jato e, na terça-feira, foi transferido da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, paraa Penitenciária da Papuda, também na capital federal. "Não tenho elemento para dizer neste momento que não há indício de crime. Desse modo, eu mantenho aqui o que coloquei na decisão de que há indícios de autoria e materialidade quanto a Geddel" afirmou o juiz Vallisney. Para o juiz, há dois pressupostos para a manutenção da prisão, a ordem pública, por conta da reiterada conduta de Geddel, e as supostas ligações do ex-ministros para a esposa do corretor Lúcio Funaro.

Conselho de Ética mantém arquivado pedido de cassação de Aécio
Por 12 votos a 4, os integrantes do Conselho e Ética do Senado rejeitaram o recurso e mantiveram o arquivamento da representação contra do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O parlamentar retornou nessa terça ao Congresso e afirmou ser vítima de uma "trama ardilosa" e que seus familiares foram usados como “massa de manobra” por pessoas com “ausência de caráter”. O senador também fez defesa do governo do presidente Michel Temer. "Fui eu, na condição de presidente do partido (PSDB), que condicionou nosso apoio ao cumprimento dessa agenda (de reformas)", afirmou. O presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA), já havia decidido pelo arquivamento do processo no dia 23 de junho. Parlamentares da oposição liderados pela Rede entraram com recurso contra a decisão e reiteraram o pedido para verificação de quebra de decoro parlamentar. No entanto, os oposicionistas não conseguiram garantir a maioria dos votos para prosseguir com a representação.

PF acaba com grupo de trabalho da Lava Jato em Curitiba
A Polícia Federal resolveu pôr fim ao grupo de trabalho da Operação Lava Jato em Curitiba. A decisão, segundo três fontes com conhecimento direto do fato, foi comunicada informalmente aos quatro delegados que ainda restavam no chamado GT da operação – o jargão que a polícia usa para se referir a uma força-tarefa. Espera-se a formalização do desmanche no próximo boletim interno da Superintendência da PF no Paraná, que deve sair na segunda-feira. Em Curitiba, atribui-se à decisão ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello. Os delegados e agentes voltarão a ser lotados na Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, a Delecor. Deixarão de se dedicar exclusivamente à Lava Jato, passando a dividir casos da operação com quaisquer outras investigações. Não há dúvida entre os investigadores que a produção de provas em processos altamente relevantes – como os dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, entre dezenas de outros – será severamente prejudicada.

Cunha deve entregar delação na próxima semana
O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já estaria finalizando os textos com as informações para o seu acordo de delação premiada que deve fechar com a Operação Lava Jato. De acordo com a coluna Mônica Bergamo, publicada nesta quinta-feira (6) pelo jornal Folha de S. Paulo, o ex-deputado deve implicar diretamente o presidente Michel Temer (PMDB), os ministros Moreira Franco (Secretaria Geral), Eliseu Padilha (Casa Civil) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo a publicação, Cunha teria rascunhado mais de cem anexos para a colaboração. A expectativa é que ele entregue os documentos já na próxima semana. O ex-presidente da Câmara está preso em Curitiba desde 19 de outubro de 2016 no âmbito da Lava Jato. Em março deste ano, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, condenou Cunha a 15 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem e evasão de divisas no caso que envolve a compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobras, em 2011.

Renato Duque renuncia a 20 milhões de euros


O ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque abriu mão de 20 milhões de euros que ganhou em propinas de empreiteiros. Ele mantinha a fortuna – já bloqueada – depositada em conta secreta no Principado de Mônaco. Em petição ao juiz federal Sérgio Moro, a defesa de Duque renunciou aos ativos. “Renuncia a todo e qualquer direito sobre os valores depositados nas contas bancárias na Suíça Banco Cramer (Contas Satiras Stiftung — Drenos Corpotarion) e em Mônaco no Banco Julius Baer (Pamore Assets INC e Milzart Overseas Holdings INC); as contas que mantém no exterior em nome das off-shores Milzart Overseas e da off-shore Pamore Assets, no Banco Julius Baer, no Principado de Mônaco, com saldo de cerca de 20.568.654,12 euros”, afirmou o ex-diretor por meio de sua defesa.

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