Justiça Federal mantém Geddel Vieira Lima preso
Em audiência de custódia realizada na manhã desta
quinta-feira, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Criminal de
Brasília, negou pedido da defesa de Geddel Vieira Lima e manteve o ex-ministro
preso preventivamente. Geddel foi preso na segunda-feira, sob acusação de
tentar obstruir a Operação Lava Jato e, na terça-feira, foi transferido da
Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, paraa Penitenciária da
Papuda, também na capital federal. "Não tenho elemento para dizer neste momento
que não há indício de crime. Desse modo, eu mantenho aqui o que coloquei na
decisão de que há indícios de autoria e materialidade quanto a Geddel"
afirmou o juiz Vallisney. Para o juiz, há dois pressupostos para a manutenção
da prisão, a ordem pública, por conta da reiterada conduta de Geddel, e as
supostas ligações do ex-ministros para a esposa do corretor Lúcio Funaro.
Conselho de Ética mantém arquivado pedido de cassação de
Aécio
Por 12 votos a 4, os integrantes do Conselho e Ética do
Senado rejeitaram o recurso e mantiveram o arquivamento da representação contra
do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O parlamentar retornou nessa terça ao Congresso e
afirmou ser vítima de uma "trama ardilosa" e que seus familiares
foram usados como “massa de manobra” por pessoas com “ausência de caráter”. O
senador também fez defesa do governo do presidente Michel Temer. "Fui eu,
na condição de presidente do partido (PSDB), que condicionou nosso apoio ao
cumprimento dessa agenda (de reformas)", afirmou. O presidente do Conselho
de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA), já havia decidido pelo arquivamento
do processo no dia 23 de junho. Parlamentares da oposição liderados pela Rede
entraram com recurso contra a decisão e reiteraram o pedido para verificação de
quebra de decoro parlamentar. No entanto, os oposicionistas não conseguiram
garantir a maioria dos votos para prosseguir com a representação.
PF acaba com
grupo de trabalho da Lava Jato em Curitiba
A Polícia Federal resolveu pôr fim ao grupo de trabalho
da Operação Lava Jato em
Curitiba. A decisão, segundo três fontes com conhecimento direto do fato, foi
comunicada informalmente aos quatro delegados que ainda restavam no chamado GT
da operação – o jargão que a polícia usa para se referir a uma força-tarefa.
Espera-se a formalização do desmanche no próximo boletim interno da
Superintendência da PF no Paraná, que deve sair na segunda-feira. Em Curitiba,
atribui-se à decisão ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello. Os delegados e
agentes voltarão a ser lotados na Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes
Financeiros, a Delecor. Deixarão de se dedicar exclusivamente à Lava Jato,
passando a dividir casos da operação com quaisquer outras investigações. Não há
dúvida entre os investigadores que a produção de provas em processos altamente
relevantes – como os dos ex-presidentes Lula e Dilma
Rousseff, entre dezenas de outros – será severamente prejudicada.
Cunha deve entregar delação na próxima semana
O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já
estaria finalizando os textos com as informações para o seu acordo de delação
premiada que deve fechar com a Operação Lava Jato. De
acordo com a coluna Mônica Bergamo, publicada nesta quinta-feira (6) pelo
jornal Folha
de S. Paulo, o ex-deputado deve implicar diretamente o presidente Michel Temer (PMDB), os ministros
Moreira Franco (Secretaria Geral), Eliseu Padilha (Casa Civil) e o senador
Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo a publicação, Cunha teria rascunhado mais de cem
anexos para a colaboração. A expectativa é que ele entregue os documentos
já na próxima semana. O ex-presidente da Câmara está preso em
Curitiba desde 19 de outubro de 2016 no âmbito da Lava Jato. Em março
deste ano, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, condenou Cunha a
15 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem e evasão
de divisas no caso que envolve a compra do campo petrolífero de Benin, na
África, pela Petrobras, em 2011.
Renato Duque renuncia a 20 milhões de euros
O ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque abriu mão de 20 milhões de euros que ganhou em propinas de empreiteiros. Ele mantinha a fortuna – já bloqueada – depositada em conta secreta no Principado de Mônaco. Em petição ao juiz federal Sérgio Moro, a defesa de Duque renunciou aos ativos. “Renuncia a todo e qualquer direito sobre os valores depositados nas contas bancárias na Suíça Banco Cramer (Contas Satiras Stiftung — Drenos Corpotarion) e em Mônaco no Banco Julius Baer (Pamore Assets INC e Milzart Overseas Holdings INC); as contas que mantém no exterior em nome das off-shores Milzart Overseas e da off-shore Pamore Assets, no Banco Julius Baer, no Principado de Mônaco, com saldo de cerca de 20.568.654,12 euros”, afirmou o ex-diretor por meio de sua defesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário