quinta-feira, 6 de julho de 2017

➤OPINIÃO

Reunião de petistas

Da esquerda para a direita (ops...): Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia, Lula, Humberto Costa e Gleisi Hoffmann. (Foto Estadão/Reprodução)
Nesta quarta-feira, dia 05, o Diretório Nacional do PT esteve reunido, mais uma vez, sob o comando de seu líder Luiz Inácio Lula da Silva e com a presença de políticos  que se destacaram em cargos públicos durante os governos de Lula e Dilma.

Matéria publicada pelo Estadão, mostra trechos que esclarecem bem o que desejam , com o que sonham e o que inventam de mentiras os que não conseguem viver sem o poder.

São sempre os mesmos, muitos envolvidos em atos de corrupção  que estão sendo avaliados pela Operação Lava jato, alguns condenados e presos, mas todos considerados vítimas de um golpe contra o Partido dos Trabalhadores. A começar por Luiz Inácio.

“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na noite desta quarta-feira, 5, que ninguém quer mais o afastamento do presidente Michel Temer (PMDB) do que os trabalhadores brasileiros. Lula, no entanto, ressaltou que uma eventual substituição do peemedebista pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não é necessariamente uma boa notícia para a militância petista”

Claro, boa notícia para a militância petista seria se um representante do partido estivesse no comando da Câmara.

“Rodrigo Maia deve estar se preparando pra ser o próximo presidente da República como seguidor do golpe, e não podemos achar que um golpista é melhor do que outro. Golpista é golpista”

Na verdade, todos já sabemos que para o ex-presidente e todos seus fiéis escudeiros e seguidores, só não são golpistas aqueles que comungam da mesma cartilha dele, aqueles que fazem o que ele manda e determina.

“A mudança que queremos é que o povo brasileiro volte a ter o direito de escolher o seu presidente. Errando ou acertando, é o povo que tem o direito de tirar e colocar pessoas”, afirmou Lula, numa cerimônia marcada por gritos de “fora, Temer”, “Liberdade pra Vaccari (o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto)” e “Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro”.

Provavelmente por esquecimento, não gritaram o nome de Palocci, ex-ministro da Fazenda do PT que cumpre pena em Curitiba, condenado por corrupção e desvio de dinheiro público. Também por esquecimento, provavelmente, não lembrou o orador que Temer foi escolhido pelo povo, assim como os deputados e senadores que votaram pelo impeachment de Dilma. Foram os representantes escolhidos pelo povo que exerceram o direito de "tirar e colocar pessoas"..

“Nova presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) fez em seu discurso uma defesa enfática da candidatura de Lula ao Planalto em 2018. “Não pensem eles que a sentença de um juiz de primeiro grau vai inviabilizar o processo democrático deixando Lula fora das eleições. Uma eleição presidencial sem Lula não é eleição, é fraude à democracia. E Lula não é mais candidato a presidente do PT, é candidato de uma parcela expressiva do povo brasileiro, é candidato daqueles que querem que o Brasil seja reconstruído e a gente continue nossa política de mudanças”, disse Gleisi.”

É bom não esquecer que, em setembro do ano passado, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou por unanimidade a denúncia contra Gleisi e o marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, que se tornaram réus na Lava Jato.
O casal é investigado por um suposto recebimento de R$ 1 milhão de propina em contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobras.

“Ao falar do processo que levou ao seu impeachment, a ex-presidente Dilma Rousseff disse durante o evento que a “história está sendo severa e implacável com os líderes do golpe” e todos seus apoiadores, citando os nomes de Temer, do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).”

Ao se referir a Michel Temer, a presidente cassada deve ter esquecido, ou não lembrado, que Temer foi seu vice-presidente por duas vezes, sempre merecendo os maiores elogios por parte dela, de Lula e dos militantes que, se supõe, nem estavam preocupados com os votos do PMDB!

Sobre Diretas Já, o que mais me chama a atenção é que, contrariando a Constituição, pedir Diretas agora, quando está previsto que, caso Temer seja afastado, haverá eleição indireta, trata-se de um golpe contra ao Constituição, coisa que para os petistas não terá a mínima importância se Lula for candidato.

Caso seja condenado e preso, caso não possa concorrer, aí teremos que conviver com mais berros e movimentos clamando contra o golpe que sempre existirá até que algum petista chegue ao Planalto. Na opinião deles, é claro!

Machado Filho - Jornalista - Editor do blog machadofilho.com

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