segunda-feira, 5 de junho de 2017

➤BOM DIA!

Uma semana complicada

Começamos uma nova semana exatamente como terminamos a passada, ou seja, com tempo nublado, ameaça de chuvas e uma umidade que assusta, principalmente a quem tem problemas respiratórios. Mas, como as previsões indicam que pelo menos até quinta-feira o tempo fica assim, vamos tentar fazer o possível para enfrentar o que vem pela frente. Lamentável que as pessoas desabrigadas, as que sofrem mais com as chuvas e o frio, não tenham perspectivas de melhoras numa situação que se repete a cada inverno.

A partir de amanhã, terça-feira, iniciamos uma etapa decisiva para a vida política do Brasil. No TSE, começa a ser julgada a chapa Dilma-Temer que poderá terminar com a queda do atual presidente da República. Uma semana de grande expectativa, mas que poderá acabar logo ali adiante se algum ministro pedir vistas ao processo. Daí, só Deus sabe quando teremos uma solução. 

Minha percepção, mais pelo tempo vivido em meio ao noticiário político do que pelas coisas que deveriam acontecer naturalmente, sou dos que pensam que Temer não cairá e ficará até o final de 2018 na cadeira de presidente. É o que penso.

No editorial do jornal O Globo, que divido com todos, uma análise da necessidade de aprovação da Reforma Trabalhista. Muitos não concordam com ela, mas o jornal mostra os pontos positivos e nos permite um pensamento sobre o futuro das leis trabalhistas no Brasil. Quem viver, verá!

Tenham todos um Bom Dia!

Aprovar a reforma trabalhista é essencial*
   
Há uma rara conjugação de problemas, nos planos econômico, político e jurídico, algo como uma tempestade perfeita, e a sociedade e seus representantes não têm alternativa a não ser enfrentá-los e vencê-los. O aspecto positivo é que tudo está em movimento. Não existe impasse insuperável: o futuro do governo Temer está em jogo no TSE, que, espera-se, casse a chapa Dilma-Temer; o Supremo apara arestas na questão do foro para fazer tramitar da melhor maneira possível o grande volume de processos contra políticos abertos nos desdobramentos da Lava-Jato e outras operações — decisivo no enfrentamento da corrupção sistêmica e pluripartidária —; e, no Congresso, a base do governo procura se articular para dar continuidade às reformas. Assim é que deve ser, independentemente do destino do governo.

Por isso, a votação prevista para amanhã, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), do projeto da reforma trabalhista já aprovado na Câmara tem especial importância. Pois firmará a correta postura do Legislativo de avançar com a pauta de mudanças imprescindíveis para que os sinais de recuperação emitidos pelo PIB do primeiro trimestre se consolidem e apontem para a retomada do crescimento sustentado, característica que a economia brasileira perdeu a partir de 2009, com o intervencionismo lulopetista.

Na conhecida tática do “quanto pior, melhor”, a oposição tumultuou a última sessão da CAE, para impedir que fosse lido o projeto, porque sabe que a aprovação desta reforma — factível, por não exigir maioria qualificada, mas simples — abre espaço para a retomada da tramitação da reforma estratégica da Previdência e melhora as expectativas dos agentes econômicos e da sociedade com relação ao país. O que prejudica quem aposta no aprofundamento da crise para facilitar seu projeto de poder. Mesmo à custa de mais desemprego e pobreza.

Antes de ir ao plenário, o projeto ainda terá de passar pelas comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Sociais, mas sua aprovação amanhã pela CAE ajudará a romper a paralisia que o agravamento da situação de Temer provocou. Assim, protege-se a economia e a população do destino de um presidente impopular que luta apenas para se proteger de investigações já permitidas pelo Supremo.

O núcleo da reforma — a permissão para que acordos entre empregador e empregados, com o aval dos sindicatos, se sobreponham à parte da arcaica CLT — será grande ajuda para acelerar a reversão do brutal desemprego de 14 milhões de pessoas, à medida que as engrenagens da economia forem ganhando velocidade.

As positivas implicações políticas e econômicas desta votação de amanhã justificam todo empenho da bancada da situação.
*Publicado no Portal O Globo em 05/06/2017




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