Quem é mesmo que destrói a educação?
Depois de ficar 54 dias em greve, o magistério, leia-se
Cpers Sindicato, decidiu que vai entrar em greve a partir de terça-feira, dia
13, até que seja votado o pacote de medidas encaminhado pelo governador
Sartori para análise dos deputados estaduais.
A decisão foi tomada em assembleia do Cpers realizada em
frente ao Palácio Piratini, já que o Gigantinho estava ocupado. Foi no meio da
rua, através de assinaturas ou outros dispositivos que não conheço, que os mestres
decidiram parar, mais uma vez este ano, impedindo que os alunos da rede
estadual de ensino terminem o ano letivo cumprindo decentemente todo o calendário planejado.
Primeiro incentivaram que alunos ocupassem escolas,
depredassem o patrimônio público e impedissem que os verdadeiros estudantes
fossem para as salas de aula aprender, o que é feito de maneira muito
superficial na maioria dos casos. Tanto é verdade que a posição do Brasil em se
tratando de ensino médico, é ridícula ante países do mundo inteiro. Em
matemática, então, é uma vergonha daquelas. E os dados não são meus, são
oficiais, fornecidos por gente que cuida, ao contrário de muitos professores,
de dar aos estudantes um ensino que garanta um futuro melhor. O que não é,
certamente, o caso do Cpers Sindicato.
Tanto é verdade que, depois de uma paralisação de quase
dois meses, decidiram parar novamente sem a mínima preocupação com o
cumprimento de uma obrigação básica que é completar o número de horas determinadas
pela legislação.
Param dois meses, exigem que o ponto não seja descontado
e depois inventam uma história fantástica que estão recuperando aulas nos
finais de semana. Conversa para boi dormir, como se diz lá em São Gabriel.
Alguém, de sã consciência, imagina que as aulas são integralmente recuperadas?
Claro que não. O conteúdo que exige duas ou três aulas por semana, é passado
aos estudantes em uma hora, no máximo. E estamos conversados.
Enquanto isso, com o dinheiro dos professores e as
subvenções oficiais, o Cpers Sindicato espalha cartazes, faz propaganda maciça
em rádio, afirmando que o governador Sartori está destruindo a educação. Um
tipo de propaganda e manifestação que só se vê e escuta quando não é o partido
dos representantes do Cpers que está no governo. Quando seus chefes governam,
fazem um silêncio absoluto ou encenam manifestações que nunca acontecem.
Quero deixar bem claro, antes que façam ilações que não
correspondem, que não defendo o governador Sartori, não tenho posições definidas
sobre alguns itens do pacote, sobre outros tenho opinião clara, mas sou um
defensor ferrenho da educação com qualidade para nossos filhos, coisa que o
Cpers parece não se preocupar.
Voltando ao calendário escolar, é bom que se esclareça
que cada escola é responsável pelo cronograma do ano letivo que deverá ter, no
mínimo, 200 dias. A previsão feita pela Secretaria de Educação é que, para que
o calendário seja cumprido, as aulas terminarão no final de dezembro.
Quem fala em destruição do ensino, mais uma vez, depois
de parar por 54 dias, vai entrar em greve. Depois vai alegar que a culpa é do
governo e que as aulas serão recuperadas nos finais de semana. Alguém imagina,
por acaso, que os grevistas admitirão perder as férias de verão? Alguém imagina
que, mesmo com mais uma greve do magistério, as aulas não serão encerradas
antes do Natal?
Enquanto isso, os (i)responsáveis pelo comando do Cpers
seguirão gritando que Sartori está destruindo a educação, enquanto batem
sinetas e gritam palavras de ordem na Praça da Matriz. Aula, que é o que os
alunos precisam, nem pensar. Para os dirigentes do Cpers, não deve ser importante!
Diante de mais uma greve do Cpers, que não tem tempo para
terminar, fico me perguntando: Quem é mesmo que destrói a educação?
Tenham todos um Bom Dia!
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