Revista VEJA - PT é o principal derrotado do
primeiro turno
Os resultados preliminares divulgados pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) já indicam a tendência de vencedores e perdedores
nesta eleição municipal de 2016. Entre os partidos brasileiros, o PSDB e PRB
tiveram até agora crescimento significativo. Os tucanos já conquistaram 782
municípios, crescimento de 13% em relação a 2012. Entre os partidos
médios, o PRB, ligado à Igreja Universal, foi outro a ter um
crescimento significativo, de 32%. Em 2012, elegeu 76 e agora assumirá pelo
menos cem prefeituras
a partir de 2017.
O PMDB, partido conhecido por sua capilaridade municipal,
voltou a ser o partido com maior número de prefeitos eleitos no país. Foram
pelo menos 1006 prefeitos eleitos pelo país.
A principal derrota, como esperado desde o início da
eleição, foi o PT que elegeu até agora apenas 38% do total da eleição passada.
Em 2012, o partido foi o terceiro com o maior número de prefeitos
eleitos. Neste ano, caiu para a décima colocação no ranking. Parte dos
votos da esquerda podem ter imigrado para o PCdoB, partido que obteve um
crescimento de 45% em relação a 2012.
Salvador: reeleição credencia ACM Neto como
líder nacional do DEM
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), reelegeu-se com
folga neste domingo para mais quatro anos de governo na capital baiana. Mais do
que revelar um reconhecimento da gestão do democrata, a vitória no primeiro
turno aponta caminhos sobre o futuro da política baiana.
ACM Neto recebeu 73,99% dos votos válidos. Alice Portugal
(PCdoB) ficou com 14,55%. Pastor Sargento Isidório (PDT), com 8,61%. Claudio
Silva (PP), com 1,46%; Fábio Nogueira (PSOL), com 1,04%; Célia Sacramento
(PPL), com 0,23%; e Rogério da Luz (PRTB), com 0,13%.
As pesquisas de opinião sempre mostraram a aprovação da
gestão de ACM Neto, cujo símbolo maior foi o resgate de cartões postais de
Salvador, com obras para recuperação da orla. Os adversários o acusaram de
fazer poucos investimentos em áreas pobres e de preterir o combate à
desigualdade social na capital baiana em prol de intervenções cosméticas. Não
colou. Desde janeiro, Neto era apontado como prefeito mais bem avaliado entre
treze capitais brasileiras pelo Instituto Paraná Pesquisas. E os adversários
nunca ameaçaram sua liderança ao longo da campanha eleitoral.
MBL elege um prefeito e sete vereadores, mas
não emplaca 82%
Uma das organizações que liderou os protestos
pró-impeachment e contra a corrupção, o Movimento Brasil Livre (MBL) fracassou
em 82% das tentativas de eleger representantes em sua primeira participação nas
eleições. Foram oito candidatos eleitos e 36 não eleitos em todo o país. Em
compensação, conseguiu um prefeito e sete vereadores, sendo dois deles em
capitais.
O MBL não é um partido, mas indicou como seus
representantes 44 candidatos – um deles a prefeito, e os demais a vereador. O
levantamento considera apenas a lista divulgada oficialmente no site do MBL, apesar de integrantes do movimento terem entrado
na campanha de outros candidatos, como o prefeito eleito de São Paulo João
Doria (PSDB) – o tucano não foi indicado como integrante do grupo.
Para tentar se aproveitar da popularidade do grupo,
alguns candidatos usaram como “sobrenome” eleitoral nas urnas a sigla MBL ou
Brasil Livre. Mas não conseguiram sucesso.
Os maiores feitos foram a conquista da prefeitura de
Monte Sião (MG) por José Pocai Junior, do PPS, com 43,28% dos votos válidos e
as vagas no parlamento de Fernando Holiday (DEM), com 48.055 votos na Câmara
Municipal de São Paulo (SP), e de Ramiro Rosário (PSDB), com 4.676 votos na
Câmara Municipal de Porto Alegre (RS). Em Maringá (PR), Homero Marchese (PV)
foi o vereador mais votado.
Candidata que errou o próprio número na
campanha trocou 78 por 15
A candidata a vereadora Edilamar Quintão Pimentel
(PTN-RO) foi a postulante que
descobriu apenas no momento do voto que seu número estava errado.
A candidatura de Edilamar foi registrada no 1º Cartório Eleitoral de
Guajará-Mirim com o número 19 789. Entretanto, os santinhos de Edilamar foram impressos por
engano com o número 19 159, que, quando digitado na urna eletrônica,
acusava candidatura inexistente.
Segundo o 1º Cartório Eleitoral, uma audiência pública
foi realizada logo após o deferimento das candidaturas de Guajará-Mirim para
resolver possíveis erros e alterações, mas a candidata não compareceu para
verificar seu número. Edilamar, que fez toda a sua campanha com um número
errado, não conseguirá receber nem o próprio voto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário