Justiça de SP abre ação contra Pinheiro e Vaccari
João Vaccari neto e Léo Pinheiro |
A juíza Maria Priscilla Ernandes, da 4ª Vara Criminal de
São Paulo, aceitou denúncia do Ministério Público de São Paulo contra o
empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, o ex-tesoureiro do PT e ex-presidente da
Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), João Vaccari Neto, e mais 10
investigados nesta sexta-feira, 14. A acusação envolve irregularidades nos
empreendimentos Casa Verde, Liberty Boulevard, Mar Cantábrico (atual
Solaris), Ilhas D’Itália, A’Bsoluto, Colina Park e Altos do
Butantã, todos da Bancoop, entre 2009 e janeiro de 2015.
Léo Pinheiro é acusado de associação criminosa e
estelionato. A Promotoria de São Paulo imputa a João Vaccari associação
criminosa, falsidade ideológica, estelionato e violação à Lei do
Condomínio. Ambos já foram condenados na Operação Lava Jato e estão presos no
Paraná.
A Bancoop, cooperativa fundada nos anos 1990 por um
núcleo do PT, em dificuldade financeira, repassou para a OAS empreendimentos
inacabados. A transferência provocou a revolta de milhares de cooperados, que
protestam na Justiça que a empreiteira cobrou valores muito acima do previso
contratualmente.
Juíza Maria Priscilla Ernandes |
A denúncia recebida hoje pela juíza Maria Priscilla
Ernandes também envolvia inicialmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o filho do casal Fábio Luis Lula da
Silva e o triplex 164-A no Solaris, no Guarujá (SP). Em março, a magistrada
mandou a acusação e o pedido de prisão de Lula, feito pelos promotores
paulistas, para o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato na
1ª instância.
A Lava Jato denunciou Lula no caso triplex e acusa o
ex-presidente de ter recebido R$ 3,7 milhões em benefício próprio –
de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre
2006 e 2012. O petista é acusado corrupção passiva e lavagem de dinheiro
no esquema de cartel e propinas na Petrobrás.
Em 20 de setembro, Moro aceitou a denúncia da
Procuradoria da República, no Paraná, e determinou a devolução, à Justiça
de São Paulo, dos autos enviados pela juíza Maria Priscilla Ernandes. O juiz
ordenou na ocasião a ‘supressão porém de todas as imputações relacionadas ao
ex-presidente da República e seus familiares e igualmente em relação a qualquer
fato envolvendo o apartamento 164-A do Condomínio Solaris’.
Agência Estado
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