terça-feira, 6 de setembro de 2016

BOM DIA!

Fundo Partidário

A lei eleitoral, com as pequenas mudanças que sofreu, acabou com o financiamento de empresas para candidatos que, nesta campanha, terão que buscar recursos entre os amigos ou contar com as verbas do Fundo Partidário. É ai que começam os problemas.

Ontem (5) o Tribunal de Contas da União informou ao Tribunal Superior Eleitoral, que 34% das doações feitas por pessoas físicas, estavam irregulares. Gente com renda inferior ao que é permitido para doar, pessoas que recebem Bolsa Família, empresas que não podem prestar os serviços contratados, e por aí vai. Como já estava previsto, estamos vivendo aquilo que os castelhanos afirmam: ”hecha la ley, hecha la trampa”, ou seja, “feita a lei, feita a mentira”.

No Brasil, meus amigos, lamentavelmente está instalada, faz muitos anos, a indústria da corrupção, do jeitinho, da mentira, da enganação. Dificilmente alguém cumpre a lei rigorosamente, pois a há sempre uma maneira de burlar o que está determinado. E muitos acabam se aproveitando disso e trilham o caminho da esperteza, da enganação.

Nos últimos anos, então, a corrupção se tornou institucionalizada. Ontem, para quem não sabe, a Polícia Federal começou a investigar um suposto desvio de R$ 8 bilhões em fundos de pensão de estatais e bancos públicos. Sabem lá o que significa R$ 8 bilhões? É dinheiro que nem o comunismo acaba como se diz lá em São Gabriel. Entre os mais visados aparecem o Funcef (fundo dos funcionários da Caixa). Previ (funcionários do Banco do Brasil), Petros (funcionários da Petrobras) e Postalis (funcionários dos Correios). Avião, carros de luxo, iates e mansões foram confiscados pela PF.

Mas voltando ao Fundo Partidário e ao calvário que candidatos enfrentam há uma profunda distorção, pelo menos no meu entendimento, que acontece em relação à distribuição da verba que os partidos recebem.

O Partido dos Trabalhadores, por exemplo, é quem mais recebe de verba do Fundo Partidário. Todos os meses, R$7,9 milhões são depositados na conta do PT. Mesmo assim, candidatos em cidades que poderão ter segundo turno, como Porto Alegre, Caxias do Sul, Santa Maria e Pelotas, não receberam um único centavo e nem explicações da direção nacional.

No PTB, a diferença está entre ser candidato deputado federal e estadual. Luiz Carlos Busato, candidato em Canos e deputado federal, recebeu R$ 306 mil, enquanto seu companheiro de partido, Mauricio Dziedricki, deputado estadual, candidato a prefeito de Porto Alegre, viu sua conta aumentar em apenas R$ 160 mil.

Já em Santa Cruz do Sul, o candidato do mesmo Partido Trabalhista Brasileiro, Sérgio Moraes, que também é deputado federal, recebeu R$ 14,6 mil para fazer a campanha.

Sebastião Melo, recebeu R$ 100 mil, mas do diretório estadual. O candidato nem conta com o dinheiro do PMDB nacional, já que a verba partidária será distribuída entre os deputados federais.

A solução, para quem pretende agir com seriedade durante a campanha, está em buscar colaborações dos amigos, desde que honestamente. O dinheiro limpo é bem mais difícil de conseguir do que o sujo , que  entra fácil.

Daí, meus amigos, muitos acabam seguindo o que dizem nossos Hermanos: “hecha la ley, hecha la trampa”.

Tenham todos um Bom Dia!

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