Mais uma investigação sobre Paulo Ferreira
Preso em São Paulo, com duas prisões preventivas
determinadas pela Justiça, sem prazo para ser solto, o ex-tesoureiro do PT,
Paulo Ferreira, terá que se preocupar com outra investigação da Polícia
Federal, Ele foi citado em delação premiada como intermediário de repasses de
propina para o Partido dos Trabalhadores, oriundas das obras da usina nuclear
Angra 3. O esquema, conforme a PF, aconteceu quando Ferreira foi tesoureiro do
PT, em 2010. Flávio Gomes Machado, engenheiro e diretor da Andrade Gutierrez,
testemunhou o repasse.
Machado disse ainda que a partir de 2008 a AG realizou
reuniões no Rio de Janeiro, visando retomar as obras da usina, paradas desde
1983. Quem intermediava as reuniões era o presidente da Eletronuclear, Othon
Pinheiro, preso na Operação Pripyat. Controlador do Ministério de Energias, o
PMDB teria ficado com 1.5% dos valores de todos os contratos, em forma de
doação legal de campanha. Edson Lobão, ministro de Minas e Energia, e o senador
Romero Jucá, seriam os encaminhadores das solicitações.
Paulo Ferreira, em 2008 era tesoureiro nacional do PT,
cargo de deixou logo a seguir para João Vaccari Neto, que solicitou 1% dos
valores dos contratos, para o PT. A AG ofereceu somente 0,5%, o que ficou
acertado em reunião da qual participaram Paulo Ferreira e João Vaccari, além do
presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini.
A PF ouvirá Paulo Ferreira e Vaccari Neto, sobre os fatos
denunciados. Berzoini, ex-ministro nos governos Lula e Dilma, investigado por
pedidos de contribuição eleitoral não declarados, também será alvo da mesma
investigação.
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