Juiz decide manter prisão de Paulo Bernardo
Alvo da Operação Custo Brasil, o advogado Guilherme
Gonçalves, que se entregou ontem à Justiça após voltar de uma viagem a
Portugal, foi ouvido na tarde desta segunda-feira na 6ª Vara Federal Criminal
de São Paulo. A oitiva de Gonçalves pelo juiz federal Paulo Bueno de Azevedo
começou às 14h30 e terminou por volta das 15h30. Depois da audiência do
advogado, o juiz decidiu manter presas todas as pessoas detidas na operação,
incluindo o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff Paulo
Bernardo, o ex-secretário de Gestão do prefeito paulistano Fernando
Haddad (PT) Valter
Correia e o ex-tesoureiro do PT Paulo
Ferreira, que se entregou à Justiça na sexta-feira.
"A decisão do juiz da 6ª Vara Criminal foi de que os
motivos da prisão preventiva permanecem", disse o procurador da República
Rodrigo de Grandis. Os dez presos pela Custo Brasil, deflagrada na quinta-feira
passada, são acusados de participação no esquema de corrupção que desviou cerca
de 100 milhões de reais em um contrato de gestão de empréstimos consignados do
Ministério do Planejamento durante a gestão de "PB", como Bernardo é
conhecido, entre 2005 e 2011.
Segundo o procurador, os presos continuarão detidos na
sede da Superintendência da Polícia Federal na Lapa, zona oeste de São Paulo,
onde deverão ser ouvidos até o fim desta semana. De Grandis acrescentou que o
Ministério Público tem "vários elementos" para acusar os investigados.
"Não só colaborações premiadas, mas elementos documentais, provas técnicas
e e-mails", afirmou.
Fonte: Veja.com
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