PF deflagra mais uma etapa
A Polícia Federal realiza na manhã desta segunda-feira a
29ª fase da Operação Lava Jato. Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e
apreensão, um mandado de prisão preventiva e dois mandados de prisão
temporária. Os agentes cumprem mandados em Brasília, Pernambuco e no Rio de
Janeiro. Os investigadores encontraram indícios de formação de quadrilha,
lavagem de dinheiro e corrupção passiva envolvendo contratos em obras da
Petrobras.
O alvo principal da 29ª fase, batizada de Repescagem, é o
ex-assessor João Claudio Genu, braço direito do ex-deputado federal José
Janene, morto em 2010 e um dos nomes já julgados no escândalo do mensalão. Ele
foi detido em Brasília. Também é alvo dos policiais Lucas Amorim, apontado como
responsável por receber propina do doleiro Alberto Youssef em nome de Genu.
João Claudio Genu |
No esquema de compra de deputados federais para a
formação da base aliada do então recém-eleito governo Lula, em 2003 e 2004,
João Cláudio Genu, que atuava como assessor do Partido Progressista (PP) era o
encarregado oficial da legenda para receber a propina do valerioduto. Na época,
o Ministério Público imputou ao ex-asssessor a suspeita de ter sacado 1,1
milhão de reais em dinheiro vivo da SMP&B, agência de publicidade
controlada por Marcos Valério.
Na Operação Lava Jato, os indícios são de que Genu
continuou recebendo propina durante o julgamento do mensalão no Supremo
Tribunal Federal e também pelo menos até 2013, quando já estava condenado. Em março
de 2014, por seis votos a quatro, o plenário do Supremo anulou a condenação do
ex-assessor pelo crime de lavagem de dinheiro ao julgar embargos infringentes.
Ao contrário de políticos e empresários apenados no mensalão, ele conseguiu se
livrar de todas as acusações no primeiro grande esquema de corrupção do governo
Lula: além de ter revertido a condenação por lavagem na fase de recursos, a
pena de um ano e quatro meses imposta a ele por corrupção passiva prescreveu. (Fonte: veja.com)
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