Rombo pode ultrapassar R$ 160 bilhões
Diante da urgência de se levar à votação a redução da
meta fiscal para 2016, o ministro do Planejamento Romero Jucá informou a
senadores aliados que o rombo nas contas públicas deve ultrapassar os 160
bilhões de reais. O número definitivo será detalhado ao Congresso na próxima
segunda-feira, já que tanto Jucá quanto o ministro da Fazenda Henrique
Meirelles ainda trabalham para finalizar uma radiografia nas contas públicas e
angariar apoio para que o tema seja votado tanto por deputados quanto por
senadores já na terça-feira de manhã.
O presidente do Congresso Renan Calheiros (PMDB-AL),
responsável por convocar a sessão do Congresso que votará a redução da meta
fiscal, recebeu o diagnóstico de Jucá de que o caos nas contas deixado pelo
governo Dilma Rousseff não se aproxima de forma nenhuma dos cerca de 96 bilhões
de reais aventados pelo então ministro da Fazenda Nelson Barbosa, e sim da casa
dos 160 bilhões de reais. O primeiro panorama da área econômica estimava que o
rombo poderia superar 120 bilhões de reais, número já considerado defasado pelo
governo interino. "Soube que o déficit já teria ultrapassado os 160
bilhões de reais. Esse é um argumento definitivo para que nós possamos votar a
redução da meta de forma rápida, célere e urgente", disse Calheiros.
"Estamos tendo preocupação com o déficit. Tive uma
conversa com o ministro do Planejamento e a informação de que o déficit, a
partir de contas que até agora o governo fez, já passa de 160 bilhões de reais.
Os cálculos, que ainda não terminaram, já passam de 160 bilhões de reais. Isso,
mais do que nunca, é preocupante e significa dizer que precisamos rapidamente
fazer essa sessão do Congresso Nacional", completou.
O presidente interino Michel Temer reuniu-se na manhã de
hoje com o ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima e com 11
senadores de partidos que deram suporte ao impeachment da presidente Dilma
Rousseff. Na reunião, além de relatar os primeiros cinco dias de governo, Temer
pediu apoio dos líderes para as primeiras medidas a serem aprovadas pelo
Congresso, consideradas um teste de força para a recente base aliada. As
estimativas são de que o "centrão", grupo de sustentação de Temer na
Câmara dos Deputados, chegue a 291 deputados. No Senado, o colchão de apoio a
Temer ultrapassa os 50 parlamentares.
Fonte: VEJA.com
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