Dilma abre crédito de R$
180 milhões
Foto: Agência Globo/Reprodução |
A duas semanas da votação no Senado que poderá afastá-la
do cargo, a presidente Dilma Rousseff começou a anunciar medidas de última
hora. Nesta sexta-feira, ela prorrogou o Programa Mais Médicos, liberou R$ 100
milhões para gastos com publicidade da Presidência e outros R$ 80 milhões para
infraestrutura das Olimpíadas no Rio. Na próxima semana, o governo promete liberar todo o orçamento da Polícia Federal previsto
para o restante do ano, o equivalente a R$ 160 milhões.
Além do anúncio de ações, o governo começou ofensiva
contra promessas do eventual governo Temer. Texto divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento informou na noite
desta sexta-feira que a proposta do PMDB para focar nos 5% mais pobres do país
vai excluir outras 36 milhões de pessoas que estão no Bolsa Família.
A pasta diz ter examinado o cadastro único e, a partir do que foi divulgado
sobre promessas do PMDB — a pasta não cita o nome de Temer —, sustenta que boa
parte do público do programa no Nordeste e no Sudeste está sendo esquecida.
Dilma estuda ainda adotar outras medidas que podem
impactar as contas do governo, como reajustar o Bolsa Família e corrigir a
tabela do Imposto de Renda.
Mais cedo, em outra frente contra Temer, o ministro da
Justiça, Eugênio Aragão, deixou claro que a liberação dos recursos da PF vai
garantir que a instituição não seja afetada em eventual saída de Dilma. Sem
citar nomes, fez alusão a eventuais ingerências do governo do vice na PF e
Lava-Jato:
— É muito simples. É possível que nós tenhamos uma
presidenta suspensa de suas funções. E nós estamos querendo garantir que
durante esse período excepcional de até 180 dias a PF funcione
independentemente da crise política.
Fonte: Agência Globo
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