O impeachment e a violência!
Começa hoje o caminho do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado Federal. A Comissão Especial, composta por 21 senadores, será instalada nesta segunda-feira e terá o poder de recomendar, ou não, o prosseguimento do processo encaminhado pela Câmara Federal.
O que chama a atenção nos momentos que antecedem a
instalação da Comissão é que ela, de seus 21 membros, tem 16 favoráveis ao
impeachment e apenas cinco contrários. O que significa dizer que dificilmente o
processo será barrado entre os senadores. Se aprovado, o relatório final da
Comissão será encaminhado ao plenário onde, hoje, um número expressivo de
senadores tende a aprovação. Lembre-se que são necessários 41 votos para que o
processo prossiga. Dos 81 senadores, 48 já definiram seus votos em favor do
impeachment e 20 são contra. Restam 21 indecisos ou que não declararam o voto.
De qualquer forma, a decisão pelo impeachment parece irreversível.
Com a aprovação do relatório da Comissão e prosseguimento do
processo, a presidente será afastada por 180 dias, assumindo o vice Michel
Temer. Mas isto só deverá acontecer por volta do dia 12 de maio.
Enquanto o processo caminha no Senado, Temer prepara um provável
time para governar o Brasil. Nem ele nem os convidados confirmam, mas a verdade
é que alguns ministros já estão definidos. O maior exemplo é o ministério da
Fazenda, cujo titular deverá ser Henrique Meirelles. Também é certo que Michel
Temer deverá diminuir o número de ministérios, extinguindo alguns ou agregando
outros a uma única pasta. Os próximos dias dirão o que realmente acontecerá
caso Temer venha a ser presidente do Brasil.
Aqui em Porto Alegre, em meio a uma chuva forte e que
acabou causando prejuízos ao trânsito e aos que decidiram por um feriadão no
final de semana, fomos abalados por mais um episódio violento em que a Brigada
Militar acabou eliminando quatro marginais que haviam ferido dois brigadianos e
foram mortos em tiroteio na frente do Hospital Cristo Redentor.
A polêmica maior teve origem em reportagem de uma
emissora de televisão que questionou o comandante da BM sobre o que classificou
de “exagero” na ação policial.
Em casa, tentando me livrar de mais uma crise de
labirintite e uma gripe, fui para o computador pesquisar a repercussão nas
redes sociais. Hoje em dia, é nas redes que se tem a medida exata do que pensa
a população sobre determinado assunto.
Não deu outra. Acho que mais de 90% dos que se
posicionaram sobre o assunto, ficaram ao lado dos brigadianos. Li comentários,
inclusive, de gente que não se conforma com o fato de que aqueles que mais
criticam a ‘falta de segurança’ e de policiamento adequado, tomem posição
contrária ao que fez a Brigada, eliminando quatro indivíduos, todos com
diversas passagens por delegacias da Capital e três deles, inclusive,
envolvidos em assassinatos.
Mas é assim mesmo. As opiniões divergem muito quando se
trata de analisar algo no qual não estamos diretamente envolvidos. Será que se algum familiar dos que condenaram a ação da BM tivesse morrido por um tiro
desferido pelos ‘suspeitos’, estaria agora defendo a ação deles ou se
posicionaria ao lado dos brigadianos?
Tenham todos um Bom Dia!
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