Lula, Dilma, Aécio e cúpula do PMDB são citados
O ministro Teori Zavascki, relator da
Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta terça-feira, 15, a
delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS).
O ex-líder do governo firmou o acordo
com a Procuradoria-Geral da República para colaborar com as investigações e fez
acusações contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
À PGR, o senador petista acusou Dilma
de interferir no Judiciário para tentar barrar as investigações do esquema de
corrupção que atuava na Petrobrás. Segundo ele, o ministro do Superior Tribunal
de Justiça (STJ) Marcelo Navarro foi nomeado após ter se comprometido a votar
pela soltura de empreiteiros presos Lava Jato.
Na delação, Delcídio também afirma
Dilma sabia do superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados
Unidos. Na época, a petista era presidente do Conselho de Administração da
Petrobrás.
Sobre Lula, o senador disse que o partiu
do ex-presidente a ordem para que ele tentasse convencer o ex-diretor da
Petrobrás Nestor Cerveró, preso na Lava Jato, a não implicar José Carlos Bumlai
numa eventual delação premiada. Delcídio foi preso ao ser gravado pelo filho de
Cerveró promete
No acordo, o ex-líder do governo no
Senado também cita irregularidades envolvendo parte da bancada do PMDB na Casa,
além de representantes da oposição, como o senador e presidente nacional do
PSDB, Aécio Neves (MG). No caso dos peemedebistas, os nomes mencionados foram
do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e de seu grupo mais próximo
formado pelos senadores Romero Jucá (RR), Edison Lobão (MA), Jader Barbalho
(PA), Eunício Oliveira (CE) e Valdir Raupp (RO).
Quando os trechos
da delação vieram à tona, todos os políticos citados rechaçaram as
acusações . A presidente Dilma reafirmou sua versão sobre a compra de Pasadena
e disse que a delação do senador foi motivada por sentimento de
vingança.
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