terça-feira, 15 de março de 2016

Supremo homologa delação de Delcídio

Lula, Dilma, Aécio e cúpula do PMDB são citados

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta terça-feira, 15, a delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS).

O ex-líder do governo firmou o acordo com a Procuradoria-Geral da República para colaborar com as investigações e fez acusações contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

À PGR, o senador petista acusou Dilma de interferir no Judiciário para tentar barrar as investigações do esquema de corrupção que atuava na Petrobrás. Segundo ele, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marcelo Navarro foi nomeado após ter se comprometido a votar pela soltura de empreiteiros presos Lava Jato.

Na delação, Delcídio também afirma Dilma sabia do superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Na época, a petista era presidente do Conselho de Administração da Petrobrás.

Sobre Lula, o senador disse que o partiu do ex-presidente a ordem para que ele tentasse convencer o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, preso na Lava Jato, a não implicar José Carlos Bumlai numa eventual delação premiada. Delcídio foi preso ao ser gravado pelo filho de Cerveró promete

No acordo, o ex-líder do governo no Senado também cita irregularidades envolvendo parte da bancada do PMDB na Casa, além de representantes da oposição, como o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG). No caso dos peemedebistas, os nomes mencionados foram do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e de seu grupo mais próximo formado pelos senadores Romero Jucá (RR), Edison Lobão (MA), Jader Barbalho (PA), Eunício Oliveira (CE) e Valdir Raupp (RO).

Quando os trechos da delação vieram à tona, todos os políticos citados rechaçaram as acusações . A presidente Dilma reafirmou sua versão sobre a compra de Pasadena e disse que a delação do senador foi motivada por sentimento de vingança. 

Em vídeo no Facebook, Aécio afirmou que o escândalo de corrupção na Petrobrás tem o "DNA do PT" e que a possível menção a seu nome é "mais uma tentativa de vincular a oposição na Operação Lava Jato". Ele afirmou que outras tentativas foram arquivadas, pois foram "desmascaradas". "Nada disso me intimida", disse. (Agência Estado)

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