Congresso mantém veto de Dilma
A esperança dos
aposentados, aqueles mesmo que recebem um benefício quase miserável todos os
meses, de ter um reajuste pelo menos com base no aumento do salário mínimo,
acabou. O Congresso, sob o comando de Renan Calheiros, manteve o veto da presidente
e o reajuste será, como até aqui, abaixo do que for concedido ao salário mínimo
nacional!
Atendendo,
mais uma vez, a um apelo do governo, o plenário do Congresso Nacional manteve
nesta quarta-feira o veto da presidente Dilma Rousseff a um projeto que
estendia a regra de correção do salário mínimo para as aposentadorias, pensões
e benefícios pagos pela Previdência. O projeto, aprovado pela Câmara e pelo
Senado, era considerado uma pauta-bomba pelo governo por trazer gastos extras
aos cofres públicos.
Originalmente,
o projeto tratava apenas da prorrogação, até 2019, da política de valorização
do salário mínimo. No entanto, durante votação na Câmara, em junho, os
deputados estenderam o mesmo reajuste, acima da inflação, para as
aposentadorias, pensões e benefícios a quem ganha acima do mínimo. Pelos
cálculos do governo, a medida teria um impacto extra de 9,2 bilhões de reais
por ano.
Ao
vetar o projeto, Dilma argumentou que associar a política de valorização do
salário mínimo aos pagamentos da previdência era inconstitucional. Pela
política sancionada, o salário mínimo continuará sendo reajustado com base na
correção da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC) de um ano antes, mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois
anos anteriores.
Durante
a votação, deputados de oposição pressionaram pela retomada do projeto inicial
e pela derrubada da canetada de Dilma. Foram contabilizados apenas 211 votos
pela derrubada, enquanto eram necessários ao menos 257. Como a Câmara manteve o
texto, a medida sequer foi analisada pelos senadores.
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